sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Menos hipocrisia e mais dignidade - No natal


Começou mais uma véspera de natal e final de ano, e quando se aproxima o mês de dezembro, é sempre a mesma coisa: uma onda de campanhas contra a fome, contra o frio, muitas vezes num calor de 40 graus como o de Palmas. Nessas campanhas arrecada-se de tudo, até vale-transporte entra no bojo. Tudo isso parece que vai limpando as consciências mais pesadas, principalmente as da alta sociedade, que estiveram com elas (as consciências) atrofiadas durante os outros onze meses do ano. Fazem doações fervorosas, como se toda a miséria do país acabasse em um mês de campanha. É como se todos os brasileiros miseráveis, de repente, ficassem felizes com a bondade dos homens que imperam aqui na terra. Para ser bem sincero, essa prática não difere muito das propagandas televisivas que assistimos: Um natal sem fome, um natal mais feliz, com aquele bando de gente cheia de oportunidades declamando o amor ao próximo, com um saco de alimento não perecível na mão.Todo natal vemos transbordar a velha hipocrisia humana, principalmente quando se aceita uma virada de ano com fome, um carnaval com frio, uma páscoa sem brinquedos, um dia das crianças sem felicidade, mas nunca, nunca teremos um natal que tenha fome, frio e infelicidade! Enquanto não chega o natal, o povão vai se contentando com o tal Bolsa Família durante os 360 dias do ano. Ainda temos a tão falada cesta básica, aliás, quem foi que listou o que deve conter dentro de uma cesta básica? Sal, macarrão, extrato, sardinha, arroz, feijão, óleo, bolacha pra quem te quero, fécula de milho, leite e açúcar? Onde ficam as carnes? As frutas? As verduras? O material de higiene pessoal e de limpeza doméstica? O gás? A conta de energia e de água? O aluguel? A tal cesta básica não tem nada de básica, ela na verdade, é totalmente vazia. Só serve mesmo para alimentar, mesmo que ficticiamente, as consciências de políticos e dos ditos bons samaritanos... Há! E nem adianta você vir com o discurso lulapetista de que para quem não tem nada qualquer coisa é luxo... O pior de tudo, é que a famigerada cesta, serve até mesmo de moeda de pagamento de penas alternativas na justiça, ou seja, o cabra é condenado por um crime de menor potencial ofensivo, daí, ao invés dele ir pra trás das grades, ele só paga umas 50 cestas básicas e pronto! Um absurdo! O que o povo precisa mesmo é de uma ação social efetiva e não apenas paliativa. De atitudes decentes por parte dos dirigentes. A palavra de ordem nesse natal ou em qualquer época do ano, deve ser a “dignidade”! De que adianta uma cesta básica, um punhado de brinquedos, se no resto do ano é cada um por si e Deus por todos? No natal abrimos os vidros, as janelas, os portões... Depois que ele passa, travamos os vidros, lacramos as janelas e eletrificamos os mesmos muros e portões com medo dos assaltos. Será que ninguém nunca vai se preocupar com “as causas” da fome, do frio e da infelicidade? O desemprego, a falta de saneamento, a falta de moradia, em resumo, tudo isso é falta de dignidade. Essa sim é a verdadeira causa a ser combatida. Qual seria a cura? Muito trabalho, organização social, vontade política, menos corrupção, pulso firme daqueles que estão no comando. Num país que diz que “em se plantando, tudo dá”, é inadmissível que haja fome ou até mesmo desnutrição. Ao invés de cesta básica, um empreguinho básico alimentaria bem durante todo o ano... Um “natal com mais dignidade”, encaixaria muito melhor nas campanhas. E até mesmo o velho Papai Noel não ficaria tão de saco cheio dessas hipocrisias, dessa auto-promoção dos corações superficiais. Basta agente cantar nesta natal aquela música: Você tem fome de quê? A gente não que só comida...

Mário Sérgio

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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

S. O. S. para UFT de Porto Nacional

Qualidade é hoje sinônimo de sucesso, tanto em empresas privadas como no setor público. E ela só é conseguida quando ocorre a participação efetiva dos integrantes da instituição na promoção da melhor integração entre os gestores, funcionários e alunos (nosso caso). Por isso, entendo que os líderes que encabeçam chapas do C.A. e D.A., devem organizar manifestações de todos os tipos.

Seria muito bom se o ministro da educação desse uma passada rápida lá no Campus da UFT de Porto Nacional, que no meu modo ver, encontra-se literalmente largado às traças. Conclamo aqui a todos os alunos da UFT de Porto Nacional, para participarem dessas manifestações, cada um com um cartaz na mão, fazendo sua manifestação, pedindo que intervenham junto às autoridades competentes, no sentido de melhorar a nossa situação.

Mário Sérgio Xavier, Aluno da UFT de Porto Nacional
email: mariodno@gmail.com

A dura realidade do campus de Porto Nacional não é nova, ela é bastante antiga e os próprios professores e alunos mais antigos são testemunhas disso. Já faz muito tempo que a instituição vem funcionando a trancos e barrancos. O campus anda totalmente esquecido pelos gestores e autoridades ligadas à área. Poderíamos até comparar o campus de Porto Nacional, com uma cidadezinha do interior do Tocantins, onde existem os poderes constituídos, existem verbas, temos os prefeitos, temos os secretários, temos muitos funcionários, mas o que predomina é a total falta de vontade. Nas cidades do interior, o progresso para no tempo e a única mudança visível, é quando muda o prefeito e este sai colorindo os prédios públicos da cidade com as cores de seu partido.

O campus universitário de Porto Nacional é uma piada em termos de infra-estrutura, tecnologia, material didático, equipamentos, salubridade e conforto, tanto para os alunos, como para os professores e funcionários. Na parte pedagógica não estamos supridos, falta professores para várias matérias, estamos sem aula durante boa parte da semana e muitos alunos serão forçados a formar mais tarde. Tanto que tenho estudado a possibilidade de entrar com uma ação contra a UFT por retardar nossa formação por ingerência e descaso. Temos alguns excelentes professores, mas outros são arrogantes e de péssima qualidade.

No ano 2000, por exemplo, iniciei o curso de Letras e acabei abandonando. Agora, no ano de 2009, retorno à UFT de Porto Nacional e me deparo com a mesma realidade, ou seja, nada de inovador e espetacular, nada que seja verdadeiramente digno de aplausos.

Mudaram as caras dos alunos e os professores são os mesmos, a biblioteca mudou de lugar e os livros são os mesmos. Os computadores, que eram velhos Macintosh, foram substituídos por Pentium 100, ou seja, hoje são sem memória alguma. A sala de xérox melhorou sua logística de balinhas, sorvetes, chicletes, mas continua insalubre, pequena, cara e insuficiente pra quem passa quatro ou cinco anos tirando cópia. O auditório é o único setor que seria digno de aplausos, caso não fosse tão pequeno. As paredes continuam manchadas, sujas, algumas estão cheio de rachaduras, ou seja, visualmente até os presídios ainda estão melhores que agente. As carteiras são verdadeiro lixo, os banheiros estão entulhados de bagulho, falta sabão, limpeza e cuidados. As salas de aula são quentes, sujas e os equipamentos para uso nas salas de aula são poucos. Esporte? Talvez só o carro de diretores do Campus.

Por essas e outras é que alguma coisa um pouco mais “radical” (chamativa) tem que ser feita. Vamos tirar foto dos pontos críticos da faculdade e depois mandar pra jornais, para ver se obtemos algum resultado. Vamos nos mobilizar e chamar a atenção para essa realidade que pode e deve ser mudada. Peguemos nossos microfones e vamos usá-los fora da universidade também.

Sete de setembro, independência ou morte?!

Mário Sérgio Melo Xavier
(Colaboração para o EstadoWeb)


Lembro-me como se fosse hoje, de quando eu dava uma boa polida no meu sapato preto, tingia aquela calça surrada de azul e me deliciava com um café da manhã bastante reforçado, uma vez por ano. Toda essa preparação era para participar dos desfiles de 07 de setembro que ocorriam em Dianópolis-To. Todos os anos, o barulho da fanfarra dos alunos do Instituto de Menores e das bandas da polícia militar, saiam ensurdecendo a cidade, mas lá estava eu, com meu uniforme colegial, todo gomadinho, acenando a bandeira do Brasil, juntamente com centenas de outras crianças que, como eu, até podia não entender bem o que aqueles soldados representavam com aquelas armas, aquela belicosidade toda, mas sentia certa vibração, uma energia contagiante, como que me convidando a integrar à aquele grupo, mostrando-me que havia algo maior a defender, para tomar conta, e que era meu, o meu país!

Porém, os anos vão passando e vamos vendo que, na verdade, pouca coisa agente sabia (e ainda não sabe) sobre a comemoração. O que estudamos é que foram muitos os antecessores de Dom Pedro I que tentaram a independência, mas muitos vieram a morrer, como foi o caso do inconfidente Tiradentes, por volta de 1780. Depois de muitas tentativas, Dom Pedro I, enfim, conseguia dar “um jeitinho” de resolver a tão sonhada independência. Portugal exigiu do Brasil o pagamento de mais de 2 milhões de libras esterlinas para reconhecer a independência de sua ex-colônia. Sem este dinheiro, D. Pedro I teve que recorrer a um empréstimo da Inglaterra. Embora tenha sido de grande valor, este fato histórico não provocou rupturas sociais no Brasil e Dom Pedro I ficou com toda honra e toda glória. O povo mais pobre se quer acompanhou ou entendeu o significado dessa independência. A sensação que fica é que as comemorações vieram para construir um imaginário, fazer com que os sujeitos se reconhecessem em sim mesmos e por eles fossem representados, significando a passagem de uma situação de “colonizados” para “livres”, a partir do nascimento do Estado Brasileiro. As práticas do sete de setembro vieram para abarcar um conjunto de estratégias e técnicas para fazer funcionar a máquina disciplinar que visava, unicamente, a formação do novo homem brasileiro, que tem que ser patriota, cristão, trabalhador, “disciplinado”. Na verdade, o que veio após a fase de colonização, não mudou em nada vida dos novos “brasileiros”. A estrutura agrária continuou a mesma, a escravidão se manteve e a distribuição de renda continuou desigual. A elite agrária, que deu suporte a D. Pedro I, foi a camada que mais se beneficiou e até os dias de hoje ainda se beneficia com isso.

Portanto, diante dessa perspectiva, trago-lhes, à título de reflexão, uma frase de autoria do imortal Chico Xavier: "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim... " Ou seja, apesar de o Brasil já ter começado errado, isso não significa que agente não possa recomeçar um novo Brasil, não amanhã, mas agora. Um belo passo para isso, seria escolher os candidatos de forma lúcida e independente nessas eleições. Nós que somos dianopolinos, tocantinenses, brasileiros, não somos de esperar, sempre fomos de decidir, de fazer acontecer, de dar um boi para não entrar em uma briga, mas de dar uma boiada para não sair dela. Ao longo de nossa história já mostramos que nossa resposta é corajosa, destemida, que somos combatentes, assim como os soldados que eu via em minha infância. Todos nós devemos relembrar/comemorar o sete de setembro, buscando uma Dianópolis, um Tocantins e um Brasil melhor. O “marcha soldado, cabeça de papel!” que agente tanto ouvia em nossa infância, deve sair das cabeças da criançada e se transformar em pipas coloridas, rumo ao céu desse nosso Brasil, que é povoado de uma brava gente brasileira, que faz de cada pipa o desejo de uma real liberdade, de uma real independência. Exigir a independência que hoje nos apresenta através das frases: trabalho certo todos os dias, comida quente na mesa, educação dos filhos assegurada, a saúde certinha e os políticos a serviço de toda gente.

TEXTO PUBLICADO NO JORNAL O ESTADO

quarta-feira, 7 de abril de 2010

CRÍTICA DO FILME TRÓIA MITOLOGIA

UFT
CAMPUS DE PORTO NACIONAL
HISTÓRIA – 2º - NOTURNO

CRÍTICA DO FILME TRÓIA


Ao fazermos um comparativo entre a história do lendário Aquiles e o filme de Tróia, verificamos que há pouca informação inicial no filme, quanto a vida de Aquiles, visto que ele é o ator principal da história. Portanto, o filme não fornece mais detalhes do início da vida dele, como por exemplo, tratando um pouco mais sobre sua invulnerabilidade, seu calcanhar vulnerável e o porquê dele ser considerado um semi Deus. De acordo com a lenda, durante a guerra, que, aliás, durou cerca de 09 anos, e não apenas poucas semanas, como se vê no filme, houve muitas intervenções por parte dos Deuses para ambos os lados, já no filme, isso é pouco trabalhado. Na verdade, o filme se mostra mais realista do que a poética mitológica de Homero. A guerra entre Troianos e Gregos não se baseou apenas no rapto da rainha espartana Helena, havia também outros fatores que poderiam ser mais tratados no filme.

Não se vê falar muito sobre Ájax, parceiro de Aquiles, que na mitologia seria quem carregou Aquiles após a sua morte. Porém, no filme, ele acaba morrendo em combate antes de Aquiles. A Ilíada não é seguida, principalmente no advento do famoso Cavalo de Tróia. Este acontecimento é pouco valorizado no filme. Menelau também não morre na batalha final, sobrevive e retorna com Helena ao seu reino. Na Ilíada, Helena não foge com Paris, que também perece no incêndio de Tróia. Aquiles não morre na ocasião criada pelo filme, mas sim durante o período de trégua, por conta da flechada traiçoeira de Paris.

Ainda quanto ao Cavalo de Tróia, a importância da ação dos gregos foi reduzida a uma simples idéia de Ulisses para penetrar nos portões de Tróia. Não aparecem ainda, os outros Deuses que participaram ativamente da trama, como Apolo, Zeus e Atenas. Não havendo seguido direito a história, tudo se tornou um grande motivo para várias e várias pessoas lutarem das mais diversas formas possíveis. O filme Tróia proporciona belas cenas, mas há nele muitos problemas quanto à construção da história, faltando identificar os vários detalhes históricos que poderiam ser aprofundados no poema homérico.


Aluno: Mário Sérgio Melo Xavier

Pesquisa:

HOMERO, Ilíada. Rio de Janeiro, Ediouro, s/d.

http://br.librosintinta.com/iliada-homero/pdf/start-110/

terça-feira, 30 de março de 2010

O HOMEM E O FIM DA DEVOÇÃO PELA NATUREZA

O HOMEM E O FIM DA DEVOÇÃO PELA NATUREZA


Durante os primeiros resquícios de vida humana na terra, o homem demonstrava um grande respeito e adoração pela mãe natureza. Basicamente, a idéia inicial dessa devoção, nasceu com o culto ao “deus sol”, este que era tido como um ser superior, pois iluminava o dia e permitia que toda a vida na terra pudesse enxergar caçar e se aquecer. Era como se o sol fosse a vida, e a escuridão da noite fosse a morte. O homem há poucos milhares de anos atrás, tinha um convívio e harmonia com a natureza, que poderíamos dizer que ele sentia-se parte da natureza. Ele, ainda que intuitivamente, sabia que fazia parte deste “todo” que os gregos antigos já chamavam de *physis. O homem, a natureza, os deuses gregos, tudo era imanente ao cosmos. Dessa maneira, sabia-se que um estava ligado ao outro, nasceram juntos, eram irmãos. Durante a idade antiga, por exemplo, o homem se reconhecia diante da natureza e expressava o chamado politeísmo (crença em vários deuses), visto que o monoteísmo (crença em um só deus) só fora aparecer bem mais tarde, com advento do Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. Algumas civilizações mais antigas, como as Egípcias, adoravam deuses antropomórficos, ou seja, davam forma humana a animais ou objetos inanimados. Outras civilizações, como a Grega, acreditavam que o raio, a chuva, o sol, o fogo, a terra e muitos outros elementos da natureza eram deuses. Percebe-se que o homem respeitava “exageradamente” a natureza e temia a sua força destruidora. No âmago de sua existência na terra, o homem já sabia que “poderia” ser filho da natureza, visto que todos nós, de alguma forma, somos constituídos de elementos que também são encontrados na natureza. Sob esta ótica, faltava ao homem pré-histórico e antigo, apenas um pouco mais de respeito e temor ao próximo, pois as carnificinas que foram praticadas durante as guerras, nas disputas por territórios e poder, acabaram deixando o ser humano cada vez mais lobos de si mesmos.


O homem deixou de lado o respeito pela natureza e passou a beatificar pessoas. Baseados nos chamados livros sagrados (evangelho), que foram escritos pelos seus próprios semelhantes, o homem passou a se colocar como o centro do mundo. Apesar de terem uma lei divina, criaram suas próprias leis, dividindo o mundo em apenas dois planos: O plano de Deus e dos homens. Como o homem passou a imaginar Deus como sua imagem e semelhança, era de se esperar que ele iria dividir “um só Deus” em vários. Motivados pelas “diferenças” raciais e culturais, passaram a acreditar em histórias diferentes, dando várias cores e formas há um mesmo ser, há uma só essência. O plano natural (da natureza das coisas) foi deixado de lado e hoje muitas vidas pagam (e vão pagar) por este descaso todo que é praticado. Apesar disso, ainda temos alguns cultos e religiões que rebuscam um pouco do antigo politeísmo, mas todos eles sofreram certo sincretismo, quando associou, por exemplo, Orixás aos santos católicos. Mas a essência do culto a estes Deuses continua sendo dividida basicamente em quatro elementos: água, terra, fogo e ar. Assim, Iansã é a dona dos ventos, Oxum é a mãe da água doce, Xangô domina raios e trovões, e outras analogias. Os indígenas, desde os tempos das civilizações Astecas e Maias, que muito antigamente povoaram as Américas, antes mesmo da imposição católico-européia, manifestavam em seus rituais e cerimônias o respeito e a devoção pela “mãe” natureza. Ainda hoje, uma simples abóbora ou uma mandioca, frutos de sustentação básica da alimentação dos povos indígenas no Brasil, são todos celebrados e respeitados como algo divino. O respeito que existe entre caça e caçador também é algo muito encenado em seus rituais.


Apesar de tudo isso, o que mais vemos hoje em dia, são árvores que demoraram 50, 200 ou até 500 anos para crescerem e que em dois minutos são jogadas ao chão, sem que o homem pense nas conseqüências. O ar poluído, o solo cada vez mais pobre e o meio ambiente em geral, estão enferrujando juntamente com as maquinas humanas. O homem moderno pensa apenas no imediato, no que se deve ganhar neste momento, não pensa nem mesmo em seus filhos e netos, que com certeza irão sofrer no futuro. A ganância e a irresponsabilidade estiveram e estão presentes em todos os povos, em todas as religiões e a natureza tem dado sua resposta. Enfim, o homem “imperfeito que é”, está mexendo com algo perfeito e de repente tudo tem mudando muito rápido, sempre para pior. Apesar de vermos o empenho de muita gente em preservar a natureza, tudo isso leva a crer que o homem moderno perdeu sua identidade, a partir do momento em que virou as costas para aquilo que lhe deu a vida, que é a natureza. A chamada “mãe natureza” proporcionou a todos a oportunidade de ser feliz, mas o homem infelizmente nunca soube fazer uso dessa felicidade.

“Conta certa lenda, que tudo que cai nas cachoeiras do Cavalo queimado e Rio da Conceição: As folhas, os insetos, os galhos das árvores, se transformam em pedras do seu leito... Quem dera se eu pudesse arrancar o coração do meu peito e atira-lo na correnteza e então, não haveria mais a dor, nem saudade, nem lembranças desse maravilhoso paraíso que se transformará em concreto e cimento no futuro...”

Fragmento de um poema.

Mário Sérgio Melo Xavier
Acadêmico do curso de história
UFT – Porto Nacional
Autor do Blog: www.dnoto.blogspot.com

*Physis - Segundo os filósofos pré-socráticos, é a matéria que é fundamento eterno de todas as coisas e confere unidade e permanência ao Universo, o qual, na sua aparência é múltiplo, mutável e transitório.

Algumas fontes lidas:
http://super.abril.com.br/superarquivo/1990/conteudo_111939.shtml
http://www.oclick.com.br/colunas/toledo35.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Physis