RESUMO - LIVRO O QUE É POLÍTICA
MAAR, Wolfgang Leo. Coleção Primeiros Passos. O que é Política. 3ª ed. São Paulo: BRASILIENSE, 1982.
A política como se apresenta no livro, estaria em todas as esferas sociais, como na religião, instituições públicas, reuniões associativas, na escola, na música, no teatro e não apenas em um congresso, em uma câmara parlamentar como a maioria do povo pensa. Toda a atividade política deve contemplar os interesses coletivos, ainda mais que o homem vive em sociedade, partilhando diariamente a convivência. O autor do livro também esclarece o quão é difícil a tarefa do ser humano conciliar as escolhas “individuais” com as escolhas políticas (coletivas), tendo isso como uma mais difícil tarefa do homem no decorrer da formação das sociedades.
Nas esferas públicas, o eleitor e o eleito, estão unidos e entrelaçados pelas diversas relações representativas e beneficiárias, tanto no presente como no futuro. Daí parte a necessidade de uma melhor politização da sociedade quanto aos interesses que o atinge individualmente e/ou coletivamente. O autor enfatiza ainda, que os vícios, os costumes, a cultura e os interesses das classes dominantes, irão querer sempre sobrepor a da dominada afirmando ser a mais correta. Quando isso ocorre, segundo o autor, a classe dominante passará a legitimar os seus objetivos, moldando o estado e a cidade à sua maneira, realizando seus objetivos pessoais e/ou coletivos. Por isso, como relata o autor, foi importante surgir nas sociedades a chamada “ideologia”, muitas vezes iniciada pela expressão: “visão de mundo”, onde o autor cita, por exemplo: Marx mostra em sua obra A Ideologia Alemã, que as visões que os homens constituem de seu mundo, o conjunto de idéias e valores que são a sua experiência cultural, são fruto do modo como organizam no cotidiano suas relações de trabalho (p.22 ). Em outras palavras, tanto o autor como Marx, querem dizer que o mundo ideal é determinado pelo mundo material. No plano ideológico da política não haveria então, o mais certo ou o mais errado, ou seja, todos serão sempre o reflexo “correto” de determinadas condições de produção material.
O autor relata ainda, que o que nós vemos a política apresentar agora, é resultado de processos históricos. Um bom exemplo, segundo autor, estaria na Grécia antiga, que ficou conhecida como a sociedade que fundou a “democracia”, onde os debates e as escolhas eleitorais eram, até mesmo para os dias atuais, impressionantemente democrática.. O termo “política”, por exemplo, fora cunhado a partir das atividades desenvolvidas dentro das cidades estado grega. A Grécia acrescenta ainda para a política mundial, as próprias cidades, que nada mais são, que um agrupamento coletivo de vida humana, acumulando necessidades “coletivas”. Com passar da leitura, surgirão outros conceitos, como a ética e moral, outros segmentos políticos como o imperialismo. Alguns aplicarão modelos bons e outros nem tanto. Para o autor Roma, por exemplo, irá contribuir com a parte imperialista, soberana e dominadora da política. Surgiria a “pátria” de parte famílias. Roma foi quem iniciou o processo de concentração das forças e dos poderes exclusivamente no Estado.
Conforme o autor, a política só alcançaria sua maior idade, no momento em que surgiu o pensamento e a doutrina maquiavélica, separando o Estado (Onipotente e Onipresente) de Governo. Com Maquiavel, as questões do governo serão transferidas para o estado, já com Marx, as questões do Estado serão transferidas para as classes sociais. No contexto político histórico e atual, deve-se tirar ensinamentos do passado e lembrar que a política apresenta-se sempre como uma caixa de surpresa, principalmente em sociedades políticas relativamente jovens como o Brasil.
Contudo, podemos concluir que os fatores de imposição econômica, onde se separa por classes: Os que vendem, os que fazem a força do trabalho, os que mandam e os que são mandados, podem estar fadados à instabilidade política, pois no mundo como sabemos, já produz alimentos suficientes para todos os seres humanos, porém, ainda podemos ver milhares de seres humanos passando fome ou em estado se subnutrição. Numa sociedade onde o poder de convencimento, aliado a imposição financeira é o fator predominante, irá sempre ter menos consenso, abertura para debates e direitos iguais. Portanto, há uma necessidade latente que nós participemos mais e se interemos dos valores, direitos e deveres a qual cerceiam a sociedade mundial e/ou principalmente a do nosso país. O autor conclui em sua obra, que um dos fatores que poderia nos ajudar seria: “a garantia da maior representatividade e da mais ampla participação nas decisões políticas, retirando-as da alçada exclusiva do Estado capitalista.”(p.111)
ALUNO: MÁRIO SÉRGIO MELO XAVIER
HISTÓRIA
1º PERÍDO
NOTURNO
