Aqui no Tocantins é uma verdadeira orgia!
O presidente Lula da Silva e o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, têm trajetórias parecidas, mas com pelo menos uma diferença crucial. Enquanto o operário Lula foi forjado pela esquerda, não a do Partido Comunista, o negro Obama é um político muito menos ideológico e não é socialista. O Partido Democrata tende a ser visto, no Brasil, como de esquerda e o Partido Republicado como de direita. É um equívoco. Na democracia americana, decantada por Alexis de Tocqueville, no século 19, e Hannah Arendt, no século 20, não há espaço para a esquerda. Assim, os dois partidos hegemônicos são de direita, com o Democrata mais aberto a determinados temas, como aborto e religião. Em termos de economia, tanto um quanto o outro são defensores do capitalismo liberal, ainda que, paradoxalmente.
O que se espera de Obama? Que seja mais Lula, ou seja, realista. Realismo não significa acomodação, e sim entender o funcionamento de uma sociedade democrática, na qual as mudanças devem ser feitas pelos canais tradicionais, ou seja, legais. Os americanos e o mundo esperam que Obama dê jeito na economia americana, o que não será fácil, e, ao mesmo tempo, admita a tese de um mundo multipolar, com menos controle dos Estados Unidos. O que não se deve esperar é que, em quatro anos, Obama faça o que não fizeram em 100 anos. Não se deve esperar também que o democrata patrocine o desmonte do império americano. Ele não é louco e é, frise-se, americano, quer dizer, um patriota.
O que se espera de Obama? Que seja mais Lula, ou seja, realista. Realismo não significa acomodação, e sim entender o funcionamento de uma sociedade democrática, na qual as mudanças devem ser feitas pelos canais tradicionais, ou seja, legais. Os americanos e o mundo esperam que Obama dê jeito na economia americana, o que não será fácil, e, ao mesmo tempo, admita a tese de um mundo multipolar, com menos controle dos Estados Unidos. O que não se deve esperar é que, em quatro anos, Obama faça o que não fizeram em 100 anos. Não se deve esperar também que o democrata patrocine o desmonte do império americano. Ele não é louco e é, frise-se, americano, quer dizer, um patriota.
Agora, fica-se na torcida para que a “profecia” da escritora Doris Lessing, Prêmio Nobel de Literatura, não se cumpra. Lessing, entusiasta de Obama, teme que o democrata seja assassinado.