sábado, 15 de novembro de 2008

O que temos hoje ?

STF decide contra infidelidade de político vira-casaca


Aqui no Tocantins é uma verdadeira orgia!






O pre­si­den­te Lu­la da Sil­va e o pre­si­den­te elei­to dos Es­ta­dos Uni­dos, Ba­rack Oba­ma, têm tra­je­tó­ri­as pa­re­ci­das, mas com pe­lo me­nos uma di­fe­ren­ça cru­ci­al. En­quan­to o ope­rá­rio Lu­la foi for­ja­do pe­la es­quer­da, não a do Par­ti­do Co­mu­nis­ta, o ne­gro Oba­ma é um po­lí­ti­co mui­to me­nos ide­o­ló­gi­co e não é so­ci­a­lis­ta. O Par­ti­do De­mo­cra­ta ten­de a ser vis­to, no Bra­sil, co­mo de es­quer­da e o Par­ti­do Re­pu­bli­ca­do co­mo de di­rei­ta. É um equí­vo­co. Na de­mo­cra­cia ame­ri­ca­na, de­can­ta­da por Ale­xis de Toc­que­vil­le, no sé­cu­lo 19, e Han­nah Arendt, no sé­cu­lo 20, não há es­pa­ço pa­ra a es­quer­da. As­sim, os dois par­ti­dos he­ge­mô­ni­cos são de di­rei­ta, com o De­mo­cra­ta mais aber­to a de­ter­mi­na­dos te­mas, co­mo abor­to e re­li­gi­ão. Em ter­mos de eco­no­mia, tanto um quanto o outro são de­fen­so­res do ca­pi­ta­lis­mo li­be­ral, ain­da que, pa­ra­do­xal­men­te.

O que se es­pe­ra de Oba­ma? Que se­ja mais Lu­la, ou se­ja, re­a­lis­ta. Re­a­lis­mo não sig­ni­fi­ca aco­mo­da­ção, e sim en­ten­der o fun­cio­na­men­to de uma so­ci­e­da­de de­mo­crá­ti­ca, na qual as mu­dan­ças de­vem ser fei­tas pe­los ca­nais tra­di­cio­nais, ou se­ja, le­gais. Os ame­ri­ca­nos e o mun­do es­pe­ram que Oba­ma dê jei­to na eco­no­mia ame­ri­ca­na, o que não se­rá fá­cil, e, ao mes­mo tem­po, ad­mi­ta a te­se de um mun­do mul­ti­po­lar, com me­nos con­tro­le dos Es­ta­dos Uni­dos. O que não se de­ve es­pe­rar é que, em qua­tro anos, Oba­ma fa­ça o que não fi­ze­ram em 100 anos. Não se de­ve es­pe­rar tam­bém que o de­mo­cra­ta pa­tro­ci­ne o des­mon­te do im­pé­rio ame­ri­ca­no. Ele não é lou­co e é, fri­se-se, ame­ri­ca­no, quer di­zer, um pa­tri­o­ta.


Ago­ra, fi­ca-se na tor­ci­da pa­ra que a “pro­fe­cia” da es­cri­to­ra Do­ris Les­sing, Prê­mio No­bel de Li­te­ra­tu­ra, não se cum­pra. Les­sing, en­tu­si­as­ta de Oba­ma, te­me que o de­mo­cra­ta se­ja as­sas­si­na­do.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Requisitos para ser político no Brasil !



ELEIÇÃO É MESMO UMA PIADA !!!

Entenda a crise e faça sua redação no próximo vestibular !

Estadão - 12 nov. 2008A pesquisa mostra que os consumidores das classes C e D no Brasil, que representam 54% da população, ainda não sentiram os impactos que a crise pode ter no ...

Para quem não tinha entendido...A explicação da crise americana em língua 'brasileira'... entendendo a complexidade da crise subprime americana.É mais ou menos assim:

O seu Biu tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender cachaça 'na caderneta' aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase todos desempregados.Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da dose da branquinha (a diferença é o sobrepreço que os pinguços pagam pelo crédito).


O gerente do banco do seu Biu, um ousado administrador formado em curso de emibiêi, decide que as cadernetas das dívidas do bar constitui, afinal, um ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento tendo o pindura dos pinguços como garantia.


Uns seis zécutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer.Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capítais e conduzem a que se façam operações estruturadas de derivativos, na BM&F, cujo lastro inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas do seu Biu ).


Esses derivativos estão sendo negociadas como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.Até que alguém descobre que os bêubo da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e o Bar do seu Biu vai à falência...E toda a cadeia sifu...

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

O que esperar dos novos prefeitos eleitos ?


A primeira coisa a esperar dos novos prefeitos, ou dos antigos que conseguiram renovar o mandato, é que gostem de “ser prefeitos”. Político que ganha uma prefeitura é tentado a pensar que prefeitura é pouco para seus talentos e merecimentos. Seria apenas uma escala na viagem, o purgatório a aturar antes de galgar ao céu de governo estadual ou no mínimo às delícias de uma deputação ou uma senatoria.

A segunda coisa a esperar, decorrente da primeira, é que permaneçam no cargo até o fim do mandato. Político está sempre pensando no próximo lance, como se sabe. Aliás, mais do que político, o analista político está sempre pensando no próximo lance. Mais se viu na imprensa artigos sobre o efeito do resultado da eleição municipal no quadro partidário ou na eleição estadual do que naquilo que interessa, ou seja: na cidade. O político, manipulado pelo analista político, tende a ser tomado pela volúpia de querer mais, e com tal urgência que no meio do mandato já deixa o município para tentar a sorte num âmbito maior.

A terceira coisa a esperar dos prefeitos é que se dêem bem com os governadores. Esse item é dedicado em especial (talvez se devesse dizer em exclusividade) aos prefeitos da Palmas e de minha cidade Dianópolis. Uma capital estadual, ou qualquer outra cidade, é lugar pequeno demais para abrigar um prefeito e um governador com turmas e ambições divergentes, e, quanto maior e mais importante for o município, menor será para esse fim. Os espaços de atuação do prefeito de uma cidade e do governador são tão próximos que às vezes se confundem. Movem-se, um e outro, a um passo do curto-circuito. A hostilidade entre ambos, tão comum na história brasileira, pode resultar fatal para as cidades como o bombardeio por uma força inimiga.

A quarta coisa talvez seja a mais utópica, mas vá lá: Espera-se dos prefeitos que não tenham como horizonte apenas seus quatro (ou oito) anos de mandato. Político gosta é de inaugurar, e se não tem a inauguração ao alcance do mandato tende a pensar duas vezes antes de iniciar as empreitadas e projetos. Esse é um dos motivos pelos quais as cidades tocantinenses estão tão atrasadas.

Mário Sérgio Mello Xavier, 28 anos
Site: WWW.envergaduramoral.com.br