quarta-feira, 7 de abril de 2010

CRÍTICA DO FILME TRÓIA MITOLOGIA

UFT
CAMPUS DE PORTO NACIONAL
HISTÓRIA – 2º - NOTURNO

CRÍTICA DO FILME TRÓIA


Ao fazermos um comparativo entre a história do lendário Aquiles e o filme de Tróia, verificamos que há pouca informação inicial no filme, quanto a vida de Aquiles, visto que ele é o ator principal da história. Portanto, o filme não fornece mais detalhes do início da vida dele, como por exemplo, tratando um pouco mais sobre sua invulnerabilidade, seu calcanhar vulnerável e o porquê dele ser considerado um semi Deus. De acordo com a lenda, durante a guerra, que, aliás, durou cerca de 09 anos, e não apenas poucas semanas, como se vê no filme, houve muitas intervenções por parte dos Deuses para ambos os lados, já no filme, isso é pouco trabalhado. Na verdade, o filme se mostra mais realista do que a poética mitológica de Homero. A guerra entre Troianos e Gregos não se baseou apenas no rapto da rainha espartana Helena, havia também outros fatores que poderiam ser mais tratados no filme.

Não se vê falar muito sobre Ájax, parceiro de Aquiles, que na mitologia seria quem carregou Aquiles após a sua morte. Porém, no filme, ele acaba morrendo em combate antes de Aquiles. A Ilíada não é seguida, principalmente no advento do famoso Cavalo de Tróia. Este acontecimento é pouco valorizado no filme. Menelau também não morre na batalha final, sobrevive e retorna com Helena ao seu reino. Na Ilíada, Helena não foge com Paris, que também perece no incêndio de Tróia. Aquiles não morre na ocasião criada pelo filme, mas sim durante o período de trégua, por conta da flechada traiçoeira de Paris.

Ainda quanto ao Cavalo de Tróia, a importância da ação dos gregos foi reduzida a uma simples idéia de Ulisses para penetrar nos portões de Tróia. Não aparecem ainda, os outros Deuses que participaram ativamente da trama, como Apolo, Zeus e Atenas. Não havendo seguido direito a história, tudo se tornou um grande motivo para várias e várias pessoas lutarem das mais diversas formas possíveis. O filme Tróia proporciona belas cenas, mas há nele muitos problemas quanto à construção da história, faltando identificar os vários detalhes históricos que poderiam ser aprofundados no poema homérico.


Aluno: Mário Sérgio Melo Xavier

Pesquisa:

HOMERO, Ilíada. Rio de Janeiro, Ediouro, s/d.

http://br.librosintinta.com/iliada-homero/pdf/start-110/