quarta-feira, 25 de março de 2009

Segurança "pública"

Rotam - segurança ou terror?




Quem vai testemunhar contra a polícia?

Quem teria coragem!? É diante de vergonhosas situações que envolvem parte dos agentes dos organismos de segurança (a exemplo o que foi noticiado aqui neste site), que começamos a ouvir este tipo de pronunciamento por parte da população menos instruída.

Principalmente nas cidades do interior. É muito triste, e talvez a única saída plausível, seria a extinção urgente do tal Inquérito Policial, esse monstro que fomenta a corrupção e o crime organizado no Brasil. Até porque, esse trabalho, daquelas autoridades é escusado. É um gasto inútil de tempo, de dinheiro e de papel, já que tudo vai ser feito novamente pelo Juiz e o Promotor, para geralmente nunca dá em nada.
Delegado de polícia nunca investiga ou descobre nada contra os seus, ele apenas manda pôr por escrito aquilo que os policiais “produzem” com esforço e com suor. O Estado que gratifica ou deixa em exercício policiais para abusar da autoridade, agredir civis, atirar nas pessoas, é mais culpado do que os próprios elementos. E os superiores que sabem e não adotam nenhuma providência contra esses bandidos de carteira funcional, estão comprometidos e são indignos dos postos que ocupam.
É normal vermos por aí esses delinqüentes que traem a sociedade e o juramento de defendê-la, bandidos do quadro de pessoal da segurança publica. Essa prática é a maior aberração do poder público na atualidade. Nesse meio é comum o ingresso da personalidade volúvel, isto é, de alguém que porta alguma anormalidade mental. Esses indivíduos com níveis altíssimos de baixa estima, por despeito e egoísmo, alentam o desejo secreto de reduzir as pessoas, principalmente os medrosos, os coitados, menos instruídos da sociedade. É o autêntico policial violento e contrário à legalidade.

Mas existem no meio uns camaradas conscientes da realidade e seguirão na ativa por muitos anos, mas os policiais delinqüentes, revelando a lucidez de maníacos, vociferam que o certo é agredir e atropelar quem bem entender. Esses são os desastrosos da função, que cedo ou tarde, extrapolam as atribuições abraçando a degeneração, ou se fazendo criminosos de fato. Avaliados na sua estreita visão, deviam ser eliminados pelos policiais legalistas que trabalham em obediência à lei. São elementos capazes até de alentar vingança por um indivíduo que furta uma caneta no trabalho.

Alguns sentem até prazer em surrar civis. Nessas ações, estes tipos de agentes se reúnem com euforia, convencidos de que estão engrandecendo o nome do órgão. Geralmente a apreciação feita é negativa. E estranhamente, essas aventuras são efetuadas por pessoas cientes de seus deveres, que depois do feito, passeiam comentando detalhes pelas ruas da cidade, orgulhosos da função e da façanha. São elementos que não praticam a autocrítica, desse modo vão para casa, extasiados, acreditando no bom serviço prestado a sociedade.

É com esse panorama pernicioso que os antigos e novos policiais, de brio e de bem, vão se deparando no ingresso da segurança pública, por isso eles se decepcionam, se rebelam e se recusam a compartilhar. Se porventura algum deles vier a passar na prova de conhecimentos para delegado do seu órgão, fatalmente será reprovado no exame psicotécnico, instrumento que pode segregar uns e beneficiar outros, especialmente os filhos de umas autoridades que estão se aposentando ou prestes a se aposentar. Essa é a abominável realidade das nossas corporações de segurança que parecem não ter mais concerto.


Mário Sérgio Mello Xavier, que foi alvo de tiros, agreções físicas e moral, no dia 30 de setembro de 2006, por agentes da Polícia Civil e um subtenente da PM do município de Dianópolis-TO.