sexta-feira, 18 de setembro de 2009

TRABALHO ACADÊMICO - RESUMO

BORGES, Vavy. O que é História? 7ª Ed. São Paulo: Ed. Da UNICAMP, 2006.


A TRANSFORMAÇÃO DA HISTÓRIA


Após a introdução da religião judaica cristã em Roma, a explicação da história não era mais apenas baseada em Roma, o cristianismo passava a ser a base das explicações e a partir daí, será a principal influência em nossas civilizações, onde se calcula o tempo histórico em a.c. (antes de cristo, ou seja, o nascimento do filho de Deus) e d.c. (após a morte do filho de Deus), encerrando-se o ciclo. Somente durante a época medieval (séculos V e VI d.c) que eles irão junto ao cristianismo, instituir que a vida deveria ser seguida doutrinada pelas providências divinas e dela dependeríamos para o desenvolvimento. Este sistema irá durar até o surgimento da Europa Ocidental, onde aparecerão as explicações de Santo Augustinho, o primeiro a interpretar a teologia, instituindo o plano inferior (cidade dos homens) e o plano superior (cidade de Deus). Durante este período, somente membros do chamado “clero” sabiam ler ou escrever e até hoje a palavra clero tem duplo significado (um religioso e outro como adjetivo de pessoa letrada).

Somente nos séculos XII e XIII que surgirão os primeiros registros feitos pelos chamados “leigos”, que seriam basicamente os comerciantes, alguns cavaleiros, que escreviam apenas fatos. Eram as chamadas crônicas ou anais, onde um casal da alta nobreza (conhecidos na época como Ducatos) pagavam eles para escreverem sobre suas vidas, o que levou a uma veneração aos mesmos homens que os pagavam para escrever. Ainda na Idade Média acreditava-se muito em lendas, paraísos terrestres, elixires da vida e etc. Toda esta crença refletiu muito na história, onde se via falar excessivamente sobre os milagres e o impossível. Quando então a Europa inicia um processo de exploração no mundo, desbravando territórios, surgirão os mapas, a geografia e principalmente uma visão diferenciada do mundo. Esse período irá influenciar muito na história que se segue.

A Europa Ocidental, parte então para o início da Modernidade (século XVI) e se vê uma queda do sistema feudal. Dentro desse novo patamar, surge um grupo social chamado de burguesia, que vão se impor pouco a pouco. Nesse mesmo período é que vemos o nascer do humanismo, que coloca o homem como centro do universo, distanciando-se da fé da cristã que antes era a explicação para todas as coisas. O conhecimento não irá mais partir apenas de uma revelação divina, mas de uma explicação da razão. Surge então, com a substituição da fé divina pela razão, o movimento renascentista, onde se procurava retornar a antiguidade greco-romana demonstrada pelo grande interesse pelos textos antigos, coleções de diversos artefatos, objetos de arte, inscrições antigas e etc. Reunindo todo esse material, irão se multiplicar as técnicas que reunirá todo esse material entre os séculos XVI e XIX. O surgimento dessas técnicas permitirá saber mais sobre tudo que se passou com a Igreja e o cristianismo. Além disso, veremos o surgimento de um avanço das técnicas que dará origem, por exemplo, a epigrafia (estudo das inscrições), sigilografia (estudo dos selos ou sinetes), a arqueologia (estudo dos vestígios materiais antigos), a filologia (estudo dos escritos antigos.

No século XVIII veremos então a total desestruturação do sistema feudal, surgindo um novo movimento chamado de iluminismo, onde para eles a Idade Média não passou de um longo período de trevas, causadas exclusivamente pela fé como explicação para todas as coisas. Para os iluministas, a humanidade irá cada vez mais dominar a natureza, numa evolução progressiva constante e sem fim. O homem passa a ter fé em sua própria razão e com isso reorganiza suas formas de pensamento para assim poder explicar uma nova realidade. O liberalismo seria a explicação, onde o progresso só se daria se fosse efetivado através da liberdade contra as monarquias e a igreja. Nesse período, tínhamos os chamados historiadores liberais, que estavam envolvidos diretamente com os assuntos políticos da época. A partir do século XIX, a Alemanha vem rebuscar uma preocupação com o nacionalismo, passando a resgatar e pesquisar sobre o período medieval, de onde partiu suas origens (bárbaros e germânicos). Dentro dessa nova visão nacionalista, alguns historiadores serão chamados de românticos, dotados de uma paixão nacionalista e passando a estudar o passado sempre carregado de nostalgia. Portanto, através disso e pelo valor que tinha esses estudos, que primeiramente, na Alemanha, irão transformar a História como ciência. Mais para frente, uma nova sociedade irá se impor, aparecendo então uma corrente filosófica “idealista” que também trará algumas conseqüências para a história. O maior nome será Hegel, que tentará explicar que a evolução será dialética e não mais pela razão absoluta que explica tudo. A dialética que já era aceita em outros tempos (Grécia) tomará novo rumo a partir de Hegel.

Também no século XIX, teremos um elevado crescimento do capitalismo industrial e partindo de uma linha crítica, veremos o surgimento de dois nomes importantes, Karl Marx e Friederich Engels. Estes, além de fazerem uma análise crítica da sociedade, irão apresentar propostas para uma transformação, surgindo uma nova concepção filosófica conhecida como materialismo dialético. No materialismo histórico, o homem deve transformar a natureza não isoladamente, mas em conjunto na sociedade. Proporão também, que não serão mais as idéias que transformarão a natureza e os homens, mas sim as relações materiais que irão condicionar todas as transformações. Esta enorme preocupação com os aspectos materiais dará início, em meados do século XX, há uma reação contra a história positivista. Os dois irão contribuir para a análise do capitalismo e a introdução de uma análise totalmente realista. As análises estavam voltadas apenas para a teoria filosófica do conhecimento, deixando de lado as análises históricas propriamente ditas. É também durante o século de XIX, que a história irá ser introduzia nas universidades, tornando-se então uma disciplina acadêmica. Essa influencia positivista predominará nas universidades até meados do século vinte.

Na década de 30, porém, haverá uma certa revisão que será aplicada na revista francesa Anais: Economias-Sociedades –Civilizações, estudos que ficaram conhecidos como a Escola Francesa dos Anais. Estes estudos abrirão um campo mais amplo do o limitado estudo positivista. Surge aí, a chamada produção interdisciplinar (que liga várias disciplinas do conhecimento) e ela será o lema dos novos seguidores. Após a segunda guerra mundial, surgem os EUA e a Rússia com a vitória contra Hitler, o que fará a Europa rever o seu eurocentrismo. Agora, para entender a nova situação era preciso olhar para outras partes do nosso globo. A história passar a ter um sentido mais amplo, o que faz surgir na França, a chamada “histórias das civilizações” ou “a nova história”. Nela se buscava outros aspectos, como a influencia do clima na história, as mentalidades e até mesmo a idéia de morte no Ocidente.

Todas essas transformações irão provar que a dominação absoluta da história nunca é total, pois seria muito difícil, por exemplo, encontrar documentos da vida dos escravos na Grécia clássica (onde havia uma proporção de um homem livre para cada três escravos). A ótica que sempre predominou foi a dos cidadãos livres, senhores feudais, sob a orientação da igreja e finalmente sob a ótica burguesa. Todo isso nos leva a crer que os fatos históricos da sociedade são infinitamente complexos, onde se tem cada vez mais documentações. Desde os primeiros estudiosos da Grécia antiga até os dias atuais na era do computador, o aperfeiçoamento que produzem as fontes histórias, são cada vez maiores. Contudo, chegando ao século XXI, a visão que se deve ter, é que tudo está em processo de evolução. Todas as correntes que buscaram explicar a evolução da história nas sociedades foram válidas e importantes para se chegar ao que temos hoje, mas há muito que se descobrir ainda no decorrer dos séculos.

Mário Sérgio Melo Xavier
História
UFT

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

10 MANDAMENTOS DO TRÃNSITO DE PALMAS

OS 10 MANDAMENTOS PARA QUEM FAZ USO DO TRÂNSITO EM PALMAS


1º Para aqueles que andam de ônibus e facilmente sentem enjôo (náuseas), antes de sair de casa, tome muito Dramim, Triptone ou masque bastante chiclete, pois as rotatórias de 50 em 50 metros serão cruéis. Ainda mais quando você pegar um “motorista” que acha que o baú velho é um Formula 1. Aproveite também para tomar muito calmante, pois alguns deles fingirão que não estão te vendo no ponto de ônibus, principalmente quando tem aquele cidadão que ganharia do Usain Bolt na corrida, vindo desesperado afim de não perde o ônibus. Aí que eles fingem que não vê mesmo. Por isso minha gente, com relação a ônibus em Palmas, o mais correto é não competir com o clima daqui esquentando sua cabeça. Como dizem por aí: Tudo na vida passa...Até a uva passas!

2º Para os pedestres, não pensem que as suas faixas (principalmente aquelas sem sinalização ou já bem apagadas) são blindadas. Pelo amor de Deus, levante o braço antes de entrar na faixa para que todos possam te ver. Isso funciona mais ou menos como agente já aprendia na escola, que antes de falar temos que obrigatoriamente levantar o braço primeiro. Alguns pedestres acham o máximo entrar na faixa sem olhar para o lado, como se estivessem entrando em um “campo de força” onde o mundo a sua volta automaticamente vai parar. Sem contar que muitos carregam certo complexo por estarem ali na condição de pedestre e passam a utilizar a faixa para pirraçar os motoristas. Finalmente, para aqueles que adoram os atalhos da vida, saibam que não utilizar a faixa de pedestre ou uma passarela, por exemplo, estarão pegando um atalho para morte.

3º Para quem anda de bicicleta, se tem uma calçada livre em boas condições para andar, ainda mais no horário de pico, não fique no meio da avenida achando que você pode se embolar no meio de ônibus, carro e moto, pois no final você pode sair perdendo. Mesmo com a nova obra realizada pela prefeitura (ciclovia), alguns ainda insistem em andar junto aos carros. Percebe-se então, que isso não é outra coisa, se não a falta de costume. Outra coisa, quando forem andar de bicicleta durante a noite, coloquem algo que brilhe no escuro, nem que seja um vagalume pendurado. Se possível, coloque retrovisor nela, pois até hoje não se tem notícia de alguém que tenha nascido com olho nas costas.

4º Para quem anda de carro, quando em qualquer circunstância, se deparar com um carro todo empiriquitado (enfeitado), com neon até a tampa e com um som tocando hip-hop nas alturas, afaste-se, pois além de ter um mau gosto danado, eles vão achar que são o próprio Van Diesel em pessoa (do filme Velozes e Furiosos). Fuja também da boçalidade daqueles que sentam o traseiro numa camionetona dessas e acham que são os reis da cocada preta. Só para acabar um pouco com petulância de alguns, perceba que não é lá muito vantajoso ouvir do povo, quando uma camionetona dessa passa: “Ôôôô bichona!!” “Aliiii sim é uma bichona!!!” “Meu sonho de consumo é uma bichona daquela!!”

5º Ainda para os que andam de carro, saibam que o Trânsito não é uma bolsa de valores, deixe o celular para falar quando você está na sua casa ou no seu trabalho. Se for só para aparecer (se exibir), como muitos fazem, coloque o adesivo da Brasil Telecom bem grande e pendure um orelhão no seu carro para que todos saibam que você é um telefone ambulante. Para os motoristas que acham que entram em uma outra dimensão dentro de um carro, por favor, a única dimensão que vocês poderão entrar, com todo esse calor aqui, seria em uma dimensão do inferno. Finalmente, para os motoristas que são caras de pau, pelo amor de Deus, se tem um estacionamento, não pare para descarregar e carregar pessoas no meio da avenida, obrigando centenas de carros atrás de você a parar e esperar essa sua grande “carona”.

6º Para os motoqueiros que são, literalmente, cabeças dura, primeiramente, vamos usar capacete, depois vamos lembrar que vocês não estão em uma São Paulo da vida, para ficarem andando entre os carros em alta velocidade. Lá os caras fazem aquilo como “ofício” por não terem outra opção de emprego. Os “papagaios” daqui fazem isso sem necessidade alguma. Muitos carregam também um complexo de inferioridade e acham que passando com a moto barulhenta ao lado de um carro vão elevar seus egos. São tão “papagaios” que vêem que todos os dias morrem motociclitas e ainda continua fazendo igual. Os mesmos papagaios adoram acelerar a moto com toda força, de um sinal para o outro, mesmo sabendo que terão que parar lá na frente. Quanta ignorância!! Querem sem nenhum risco? Principalmente as motoqueiras? O segredo é “acordar mais sedo”. É isso mesmo!! O povo de Palmas tem mania de sair de casa encima da hora, experimentem sair de casa 20 minutos antes do que saem normalmente, que vocês notarão a diferença. Para os metidos a valentão, como diz o velho ditado: O limite da moto é o chão, então não queira disputar com um carro ou ônibus o espaço, porque até mesmo no volume do barulho da bosina você já sairá perdendo. Tente andar na linha e use bastante seu retrovisor. Pratique a direção defensiva e esqueça a ofensiva.

7º Para todos os motoristas, uma boa lição é tentar traçar na cabeça o percurso antes de ir para qualquer lugar, para evitar dores de cabeça lá na frente. Para quem gosta de usar a internet durante o trabalho, para conferir e-mail, sites de fofocas e etc.; deixe para fazer isso após as 18horas, ficando de 15 a 20 minutos no trabalho após o horário de saída, você evita pegar a loucura desse trânsito.

8º Para os bonitões policiais, motoristas de carro oficiais, não se utilizem dessa prerrogativa para dar maus exemplos de tudo que não se deve fazer no trânsito. Alguns Policiais, mesmo sem ocorrência alguma, acham que são os donos das ruas e todo mundo tem que sair da frente deles. Os motoristas de ônibus devem entender que chegar ao ponto, não significa sacrificar a vida de pessoas, mas sim levá-las com segurança até ele.

9º Para quem cuida do trânsito e que parece não fazer uso dele, diria que alguns queijinhos já mofaram, já venceram o prazo de validade. Passou da hora de acabar com alguns deles, inclusive os que ficam nos arredores da Praça dos Girassóis. Antes de soltar os amarelinhos (fiscais da ATTM) nos estacionamentos para multar, tentem diminuir o espaço “da plantação de grama” na praça, para ver se aumenta mais os estacionamentos, porque hoje, quem trabalha na Secretaria de Segurança Pública, por exemplo, tem que estacionar na Secretaria de Infra-Estrutura.

10º Lembrem-se de que a pessoa que não liga e não dá a mínima para a vida de um ser humano, seja sentando no banco de um carro, de um ônibus, de uma moto ou bicicleta, não é diferente de um bandido assassino, que sai de casa com uma arma pronto para matar quem achar na frente. Para finalizar, diria ao pessoal do SAMU, Corpo de Bombeiros, Médicos e Enfermeiros: Parabéns!

Mário Sérgio
www.dnoto.blogspot.com.br