Eu quero cartão,
Nem máster nem visa
Mas corporativo
Pra paga até pizza
Banho da cadela
Compra de camisa.
Eu quero cartão
Sem limite claro.
O estado sou eu,
E tenho amparo
Pois o nosso povo
Não é mesmo avaro.
Vai bancar meus gastos
E minhas mordomias.
Também dos ministros
E de suas famílias.
Com esse cartão compro até mobílias.
Com a vida cara
Aqui de Palmas
Ninguém se importa
Para isso não há armas,
E ao povo dou Salário-família.
Dou um cala boca.
A bolsa de fome
Espalho lorota
Ainda faço nome,
Ganho eleição
E não há quem tome.
Não existe nada
Que me impeça disso
De agora em diante
Não há compromisso,
E a ninguém eu vou pagar com isso.
Com aposentadoria
Por invalidez
E a de presidente recebo bem por mês.
Como caviar; bebo uísque escocês.
Onde estiver
Eu rio de vocês
Sem me preocupar
Se hoje sou ex Presidente ou Torneiro talvez.
Mário Sérgio
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