terça-feira, 22 de abril de 2008



Eu quero cartão,

Nem máster nem visa

Mas corporativo

Pra paga até pizza

Banho da cadela

Compra de camisa.


Eu quero cartão

Sem limite claro.

O estado sou eu,

E tenho amparo

Pois o nosso povo

Não é mesmo avaro.


Vai bancar meus gastos

E minhas mordomias.

Também dos ministros

E de suas famílias.


Com esse cartão compro até mobílias.

Com a vida cara

Aqui de Palmas

Ninguém se importa

Para isso não há armas,

E ao povo dou Salário-família.


Dou um cala boca.

A bolsa de fome

Espalho lorota

Ainda faço nome,

Ganho eleição

E não há quem tome.


Não existe nada

Que me impeça disso

De agora em diante

Não há compromisso,

E a ninguém eu vou pagar com isso.


Com aposentadoria

Por invalidez

E a de presidente recebo bem por mês.

Como caviar; bebo uísque escocês.

Onde estiver

Eu rio de vocês

Sem me preocupar

Se hoje sou ex Presidente ou Torneiro talvez.
Mário Sérgio

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