domingo, 1 de junho de 2008

Editorial

Vivemos num país cujos governos nunca se preocuparam muito em formar o cidadão para o pleno exercício da cidadania. Como já estudamos sobre a noss história política, nos tempos pesados da ditadura, isso era até perigoso, pois, quanto mais o povo tivesse conhecimento e consciência, mais ele exigiria das autoridades, mais reivindicaria seus direitos. Ser um país de analfabetos era cômodo e favorável ao poder. Em geral, cidadãos conscientes dão muito trabalho, ficam exigentes, cobram, incomodam. Tratou-se, então, de tolher as pessoas privilegiadas que desenvolveram a cidadania e a praticavam. Calaram-se vozes importantes, exportaram-se os inteligentes e atuantes. Foi um tempo em que até pensar significava perigo. Quanto mais ignorante o povo fosse, melhor para os desmandos do poder arbitrário e prepotente.


Ser cidadão é lutar pelos próprios direitos e respeitar os direitos dos outros. Ser cidadão é cumprir os próprios deveres e exigir o mesmo dos que não o fazem. Ser cidadão é pagar e cobrar. Tudo isso custa esforço. Enquanto estivermos parados e calados, apenas vendo a vida passar e deixando que aconteça, estaremos sendo sujeitos e não agentes de nossa própria história. Ou seja: nada somos, nada construímos, nada significamos, mesmo acreditando que somos espertos e que o mundo é dos espertos... O mundo não é dos espertos porque o esperto, nesse sentido degradante, é sempre um inescrupuloso.



Este ano teremos eleições municipais. Começe a pensar grande. Espelhe-se em mivimentos como: Nossa Ilha Mais Bela http://www.nossailhamaisbela.org.br/ Repita-o em seu município.

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