segunda-feira, 23 de junho de 2008

POBRES VERSUS RICOS

Brasil: pais de ricos e pobres


Como entraremos no processo de escolha de candidatos e como costumamos vir sempre com aquela velha tese, de que os pobres são bonzinhos e os ricos malvados, vou retalhar algumas coisas que acho importante levarmos em conta nessa hora. Não tenho preconceitos nenhum com pessoas com menos condição financeira, até porque não me considero rico, pra não dizer pobre, mas tampouco sou entusiasta daqueles que só pensam em enriquecer e passam por cima dos outros feito trator. Há gente boa em todas as classes. Assim como “espertinhos”, “enganadores”, “folgados”, “aproveitadores” e “sem-vergonha” tanto no meio dos ricos como dos pobres.

Conheço muita gente “rica” (que na verdade em termos de Brasil se insere na classe média) que se preocupa com os menos afortunados. Não fazem discursos, têm o hábito de praticar certas “coisinhas” no dia-a-dia. Respeitam as relações profissionais com seus funcionários. Cumprimentam e tratam com gentileza o pessoal da limpeza, o garagista, a faxineira de sua casa. Os “pobres” (humildes funcionários), quando de boa índole, comportam-se do mesmo modo.

Tem muito “pobre” que recebe tratamento especial por parte dos “ricos” e não reconhece, volta-se contra eles na primeira oportunidade. Quem foi acolhida com bebê ao colo porque não tinha onde deixar; quem teve orientação nas horas difíceis; quem teve curso pago (pelo patrão) para melhorar de vida; quem ganhou telhas para cobrir o teto; quem recebeu óculos para enxergar melhor e até quem recebeu aulas (da patroa) para deixar de ser analfabeta.


É interessante notar que essas atitudes, tanto dos ricos como dos pobres, nunca é levada em conta quando vão soltar a velha tese já supracitada neste texto. Já presenciei inúmeras cenas em que estes - pessoas esclarecidas que se dizem “de esquerda”, de nível universitário, donos da verdade ou professores que estufam o peito ao se proclamar “defensores dos fracos e oprimidos” - trataram muito mal a empregada, o garagista, a manicure ou um garçom. Sem dó nem piedade, humilhando-os na frente de todo mundo. Por motivos banais: porque cometeram um pequeno erro, porque não se comportaram da maneira como julgavam ser a mais apropriada (servil) ou porque não foram capazes de atender (imediatamente) suas ordens.


Então minha gente, como desde criança agente já aprende, vai aí aquela velha frase: “Não julgue ninguém em vão, para amanhã não ser julgado!”

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