quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Editorial




Greve no Judiciário




Também sou um servidor da Justiça e o que eu acho curioso é que o governo incentiva esta situação. Só escuta os trabalhadores quando eles estão em greve. Só tomam atitude diante de muita pressão. Se os políticos e empresários sabem que estão sujeitos a uma greve, por que não cortam o mal pela raiz, conversando com os líderes sindicais antes que o pior aconteça?

Afirmo-lhes caros (as) leitores (as), que o futuro dos servidores do Judiciário é o mesmo de qualquer trabalhador brasileiro. Continuar trabalhando por vencimentos e salários. Impedir a aprovação das maléficas leis, formulando outras e exigindo que elas sejam cumpridas. Se hoje os servidores tentam conquistar alguma coisa, é pela luta e perseverança de sua classe, pressionando o Legislativo, atuando junto ao Executivo, chegando à opinião pública, abrindo o Judiciário à população, defendendo não só seus vencimentos mais os de assalariados, desempregados. E esta atuação nada mais é do que o desempenho da verdadeira cidadania, isto é, o cumprimento dos dispositivos constitucionais, pelo menos os artigos quinto e sexto da Carta Magna. Mas, os servidores do Judiciário podem estar certos disso: sem eleger representantes seus nas próximas eleições, tudo será, sem dúvida, muito mais difícil para o seu futuro.

Mas fica comigo e com todos a certeza de que nosso Excelentíssimo Governador, Desembargador Presidente, Deputados (as) terão sensibilidade e irão calçar as “sandálias da humildade” para tratar o nosso PCCS como ele foi aprovado. Pois os mesmos, subjetivamente, também são integrantes do “Servir ao grande público deste nosso sofrido país”. Sei que de alguma forma eles irão resolver da melhor maneira esta situação, que se não resolvida só tende a piorar.

No mais, resta que Deus olhe por nós nesse momento !

Mário Sérgio Mello Xavier,
Servidor do TJ/TO
mario@tj.to.gov.br

Nenhum comentário: