terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Editorial


Como sou um cara vacinado, não só contra a febre amarela, mas contra a burrice, vejo que esse negócio de febre amarela não vai virar epidemia, pode até virar é mania.Brasileiro é apaixonado por doença. Se perguntar as pessoas por que estava na fila para tomar vacina você ouvirá: “Não estou muito a par, mas vim aqui tomar”. Viu uma fila e entrou, coisa típica de brasileiro.

Brasileiro vê uma fila e começa a tremer. Não é febre amarela é desejo de entrar na fila. Exemplo: Há um cinema que tenha assentos numerados. Ótimo, você pode chegar 1 minuto antes e seu lugar lá estará. Não adianta. Meia hora antes já tem gente espremida na porta esperando abrir...

A nova onda vai ser a fila pra febre amarela...Aliás, já é a nova onda! O mosquito monta lá seus 15 guichês, coloca dois ou três pra atender – porque no Brasil sempre há muito mais guichês que funcionários atendendo – e o cidadão vai lá tomar a sua picada. Vai ter quem chegará de madrugada para ser atendido depois das 3 da tarde. Vai ter espertinho vendendo lugar na fila.
Febre amarela é o que pega. Quer dizer, transmite. Mas entre na fila, mesmo que você já tenha tomado umas duas em menos de três anos.

Você deve estar a pensar: Esse cara é um insensível, idiota! Vai desculpando aí, é que desde criança eu aprendi que se informar sobre as coisas nunca faz mal a ninguém!

Mário Sérgio