A MALHA FINA DO POVO E A MALHA GROSSSA DO ESTADO

O cidadão sempre foi cercado por eficientes programas, instrumentos de fiscalização e punição. Isso ocorre desde a época do império. O trabalhador sempre foi obrigado a ser eficiente pagador e contribuinte. É SERASA, SPC, DECLARAÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA, ALVARÁS DE FUNCIONAMENTO, IPVA, JUROS, IMPOSTOS E MAIS IMPOSTOS... Todos eles conseguem extrair bilhões das pessoas físicas e jurídicas no Brasil.

Se o nome está “sujo” na praça, você não consegue viver, se não paga IPVA, você só pode andar de ônibus, se não tem alvará de funcionamento, não pode abrir nada. Na declaração de imposto de renda, o Governo come o filé e te devolve a carcaça. Tem alguma diferença da época imperialista? Onde o rei ficava com mais da metade daquilo que o trabalhador produzia? O pior de tudo é que parte do montante que é arrecadado, serve apenas para manter as tradicionais mordomias do alto clero. Servem também para custear campanhas eleitorais que mantém no poder essas raposas do erário.

As granfinas carruagens daquela época minha gente, hoje são as farras das passagens aéreas. Os carrões comprados com dinheiro público. Os castelos são as moradias luxuosas custeados com dinheiro público. Até o papel higiênico que limpa a bunda deles vem do recurso público. Comida, celular, passagens, motoristas, sessões extras, moradia, fazendas, férias, empregos para a família toda...Tudo é mantido com dinheiro público. Nenhum político tira do bolso nada. Se é para ajudar alguém com 50 reais, eles utilizam a secretaria de ação social. Se é para patrocinar qualquer coisa, utilizam-se das secretarias e ministérios de cada área.

O foro privilegiado era a posição do senhor feudal que não permitia de forma alguma que ele fosse julgado. Toda propriedade feudal tinha um senhor, pois não havia senhor sem terra, nem terra sem senhor! Isso te lembra alguma coisa? Agora, como bem disse nosso amigo Kelson, a PEC de precatórios abre precedentes para que o estado (caloteiro que já é), não pague suas dívidas decorrentes de sentenças judiciais. O estado procura se ver livre de cobranças para abusar ainda mais do contribuinte.

Vamos promover uma manifestação? Não, vão dizer que estamos querendo só aparecer...Vamos denunciar? Não, tenho medo de represálias...Vamos levar esses assuntos para dentro das escolas? Não, as crianças podem nascer sabendo de tudo! Vamos discutir mais esses assuntos? Não, com isso nós não vamos mudar nada...