quinta-feira, 2 de julho de 2009

Aos fanáticos de plantão !




O fanático

Segundo o Aurélio, “fanático” é aquele indivíduo que “cegamente” segue uma doutrina ou um partido, mas esse termo não está ligado unicamente à política e religião, pois tudo aquilo que leva o indivíduo ao exagero, a empolgação, o apego, o desespero e a alienação, é considerado como forma de fanatismo. Uma pessoa pode ser fanática por amar exageradamente “uma pessoa”, um líder, um ídolo, um partido político, um objeto, um time de futebol e etc... Muitas polêmicas podem surgir acerca desse assunto, tendo em vista que gerar situações incômodas com os próprios fanáticos. Na maioria das vezes, o fanatismo pode fazer com que uma pessoa cometa atos insanos em nome de um ideal. O fanático geralmente sofre discriminação por apresentar um exagerado interesse em algo que para muitos é insignificante ou indesejado. Ele não se permite abrir melhor os olhos para enxergar que o objeto de seu fanatismo também pode ser cheio de erros e imperfeições. Nesse caso, quando o fanático não vê, um cego sempre lhe indicará o caminho!
No meu ver, um dos fatores que contribui para este tipo de coisa, é que geralmente somos forçados a nos posicionar por preferências de cores e de partidos em função dos interesses e das necessidades das pessoas que nos educam e convivem conosco a vida inteira, ou seja, nossos familiares. Chamaria isso de “ditadura familiar”. Quando somos criança, aprendemos a torcer pelos mesmos times de futebol dos nossos pais e chegamos ao ponto de brigar com os colegas da escola para defendê-lo. Só que mais tarde, agente cresce e percebe que nem sempre nossas escolhas devem seguir totalmente as deles. Muitas vezes, sonhamos em exercer as mesmas profissões de nossos pais, mesmo que eles não ganhem tão bem assim ou ganhem de forma ilícita, pois a inocência é predominante durante nossa infância. Alguns se identificam com as escolhas impostas pelos pais e seguem essa doutrina, outros tantos, vão sendo apenas forçados e seguir os mesmos passos (muitas vezes errado) dos pais. Nossos valores acabam se transformando em paixão e fanatismo por este posicionamento vital. Isto até pode nos trazer alegrias, mas na maioria das vezes nos traz frustrações e desentendimentos com nossos semelhantes e principalmente com os nossos próprios familiares.

O fanático, além de exercer com excelência a idolatria, em qualquer repercussão ele tornar-se-á intolerante e divergente. Como sua mente é limitada, só pensará em tirar proveito e defender única e exclusivamente seus ideais, extrapolando o campo ideológico, adotando discursos monológicos. Na verdade, não passam de escravos alienados e cheios de sua própria razão.

Mário Sérgio Melo Xavier
Autor do Blog: www.envergaduramoral.com.br