quarta-feira, 8 de abril de 2009

Editorial

Movimento em Defesa dos Jornalistas Sem Diploma: Muito pior que a ...

Jornalistas defendem exigência do diploma em ato na Boca Maldita ...

Gostaria de saber mais sobre as vantagens dessa lei e o que ela promoveria ao país, além da valorização dos profissionais da imprensa, pois eu não costumo concordar com nada que soe como OBRIGATORIEDADE. Não concordo com a questão de não podermos advogar em causa própria, dependendo sempre do INTERESSE e boa vontade de um ADVOGADO ou defensor público, para buscar ou defender nossos DIREITOS EM JUÍZO. Não concordo com a obrigatoriedade do voto também… Mas isso aí é outra história. Entendo que o conhecimento que se adquire nas faculdades, o mérito do estudante, isso tudo é intransferível. O problema desse país está justamente aí, temos muita faculdade que “FABRICA DIPLOMA” e nada mais que isso. Aqueles que buscam algo mais que o diploma, que correm atrás da prática, que se dedicam, especializam, serão sempre bem sucedidos em qualquer segmento.

Isso talvez possa ser mesmo uma conquista para a classe jornalística, quem melhor que o próprio profissional da área para saber o que é bom para ele mesmo. Para quem está sendo ou pretende ser um profissional bem sucedido na área, isso não implicaria em muita coisa, vejo também que para o telespectador e leitor, a situação não mudaria muito, pois quem COMANDA a notícia não são os jornalistas e sim os grandes EMPRESÁRIOS e POLÍTICOS, proprietários dos veículos de comunicação que os contratam. A grande maioria da imprensa é privada e o mais importante disso tudo, seria até que ponto a obrigatoriedade impediria a velha prática de manipulação, a distorção e venda das notícias, com a intenção de ludibriar a opinião pública? Como já sabemos que ocorre nas sentenças do direito, onde só quem é rico tem direito a um bom advogado e nunca fica na prisão.

É importante ressaltar, que em todas as áreas, temos os maus e bons profissionais e isso é fato, quando a coisa se fecha em duas palavrinhas: “obrigatoriedade” e “diploma”, a coisa também se torna preocupante. Já é mais do que provado que instituições reguladoras, conselhos, confederações e sindicatos, não punem e sentem dificuldades imensas em exercerem seu papel. Não adianta comparar médico com jornalista, advogado com jornalista, engenheiro com jornalista, piloto com jornalista, isso é besteira e não passa de uma infantilidade.

O que deve ser sempre buscado e o que importa é a transparência. É claro, isso no meu entendimento. Em qualquer notícia de televisão só há uma versão dos fatos. Esse é o problema em si e não a idéia de portar ou não um diploma. Ainda mais que o nosso jornalismo envolve muita politicagem, interesses de poder, elitismo, entre outros. Apesar de ter esse pensamento HOJE a respeito dessa questão, torço para consigam os resultados de interesse da maioria dos profissionais e principalmente dos futuros.