sexta-feira, 20 de julho de 2007

Para começar o dia !

Depois do famoso "relaxa e goza", toma aí mais um "crau" em você !

Achei engraçado é que eles comemoram como se o "Estado Brasileiro" fosse deles!! Propriedade privativa deles. Talvez o cinegrafista filmou os dois no alto de suas industrias e clandestinamente tenha invadido a privacidade dos dois coitadinhos....

Comemorara como se fosse uma empresa aérea concorrente da TAM.

Olha, pintem meu nariz de vermelho, mas não tentem justificar isso...

MUITO PERTINENTE A LEITURA DESTE TEXTO:
Ministério da Aeronáutica adverte: a imbecilidade mata

O pódio da imbecilidade mundial acaba de anunciar seus campeões em prova surpreendente em São Paulo. A corrida da burrice cobra 175 vidas em troca.

Ouro para o governo, com vitória de lavada, com duplo mortal carcado e trocadilho infame. Imbecil mor por vir ignorando o problema pintado há mais de dez meses. Nesse tempo todo ficou mais preocupado com sua imagem do que com a segurança de seus cidadãos. Ficou mais preocupado em chamar os controladores de vôo de baderneiros e (até) terroristas, eles que vinham gritando que o céu literalmente ia cair se a coisa continuasse como estava. Imbecil por focar no sintoma, o atraso dos vôos e não na causa, a super saturação da malha aérea brasileira. Fez obras para expansão dos dois aeroportos mais lotados do Brasil, por falta de coragem de desviar vôos e desagradar passageiros mal-humorados. Mandou consertar a pista de Congonhas e reabriu na marra, sob pressão, fazendo o contrário do governo anterior durante a crise energética: torceu para não chover. Governo que recorreu da decisão da Justiça em interditar o aeroporto de Congonhas alegando que os prejuízos econômicos eram grandes demais, como se vidas e economia fossem cartas de um mesmo baralho de sueca. Ouro para o presidente e seus ministros “relaxa e goza” que nos enrolaram nesse quase 1 ano com desculpas e medidas paliativas.

Prata para o legislativo, que na CPI da crise aérea ficou o tempo todo querendo saber se o transponder estava ligado ou não, doido para jogar a culpa nos americanos e anunciar que tudo vai muito bem com o sistema aéreo nacional.

Prata para as empresas aéreas que em nenhum momento cogitaram diminuir o número de vôos para desafogar os aeroportos. Negócios, negócios, povo à parte.

Bronze para a imprensa, que toda noite noticiava o número de atrasos nos aeroportos como quem anuncia o tamanho de um engarrafamento em véspera de feriado. Que considerava atraso de 30 minutos na decolagem como fato noticiável, como o fim do mundo. Que se preocupou sempre em mostrar passageiros indignados com seus atrasos como se chegar na hora fosse o verdadeiro objetivo da brincadeira.

Bronze também para nós, os passageiros, que reclamávamos dos atrasos e exigíamos pontualidade britânica num sistema sujeito a atrasos até na Grã-Bretanha, que nos coloca sentados em litros de combustível altamente inflamável sem necessariamente nos preocuparmos com as causas gerais dos problemas. Que exigimos vôos para aeroportos no meio da cidade, já que não podemos perder um minuto do dia. Que achamos que avião é metrô. “Tenho uma reunião 15h em São Paulo, então pego o vôo das 13h, chego lá às 14h… dá tempo e sobra.” Assim pressionamos o governo, por via da imprensa, para que o aeroporto de Congonhas seja reaberto o mais rápido possível porque afinal de contas Guarulhos fica muito longe e o táxi sai caro. E aplaudimos quando cai a ordem judicial de fechar o aeroporto por falta de segurança.

Agora pelo menos 180 vidas (fora aqueles que estavam no prédio atingido) se foram por causa da imbecilidade geral e irrestrita de um governo que resolveu se fazer de morto (com perdão novamente do trocadilho) para ver se o problema se resolvia sozinho, como faz uma criança de 5 anos. Os 3 poderes, da esfera federal à municipal – mas principalmente no federal que é, afinal de contas quem manda na dança – acharam que aviação é brincadeira e que se a gente torcer muito muito forte tudo vai dar certo.
Vai começar agora o jogo de apontar o dedo e jogar a culpa nos outros. Mas como tudo na vida essa resposta não é simples e com um único culpado. Os nomes estão acima. A pergunta é: o que mais precisa acontecer para que uma atitude de verdade seja tomada e consertem de vez esse nó, doa a quem doer?

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