terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Do site: www.bocadopovo.com.br


Casa do Estudante
Com o fim da construção surgem novas questões
(Eliane Vieira)

Os moradores da Casa do Estudante de Palmas pagarão pela água e luz e também terão de cuidar de toda organização e manutenção da Casa
A Casa do Estudante de Palmas já é uma realidade e deve estar em funcionamento antes do final de 2008. A casa abrigará os estudantes que vieram do interior do Estado e também de outras partes do país. Serão 120 vagas distribuídas entre os estudantes economicamente carentes da Capital.
O local é uma antiga reivindicação da classe estudantil, mas após o término de sua construção outras questões, ainda indefinidas pela Secretaria da Juventude – Sejuv, já preocupam a comunidaden acadêmica de Palmas. Uma delas é quanto aos custos de manutenção da casa como também das despesas com água e luz.

Segundo a coordenadora do projeto, Janicleide de Lima, os moradores da casa terão de arcar com as despesas de água e de luz como também com toda a organização e manutenção da moradia estudantil. A coordenadora do projeto esclareceu que a Secretaria da Juventude dará assistência financeira nos primeiros dois meses de funcionamento da casa, mas que, após este período a responsabilidade pela organização e também manutenção da casa será passada para os moradores, “Depois dos dois meses, a gente passa tudo para os alunos. Por meio de uma comissão que será registrada em cartório. No caso a gente vai deixar por conta deles, até a próxima seleção, serão eles que vão fazer já não vai mais ser a gente” declarou Janicleide.

A coordenadora também explicou que esta comissão será escolhida por meio de uma eleição entre os moradores da casa do estudante. A comissão deverá ser composta por um presidente, um tesoureiro e um secretário que cuidarão de todos os assuntos da casa do estudante, como pagamentos de contas e manutenção do prédio.

Esta seria uma das diferenças da moradia estudantil de Palmas com as encontradas em outras cidades do país. Por exemplo, na Universidade de Brasília – UnB, a Casa do Estudante Universitário – CEU, conta com o Serviço de Moradia Estudantil – SME, que organiza e cuida da manutenção da Casa. “No SME existem dois assistentes sociais pagos pela Universidade e mais dois estagiários. Lá são resolvidos os conflitos domésticos e podemos solicitar os reparos que os apartamentos precisam. É só o morador ir até lá e solicitar o que precisa, as vezes demora um pouco, mas acaba saindo”, explica o acadêmico do curso de Artes Cênicas da UnB, Fredy Chaves, que mora na casa há mais de um.


BANHEIROS


Outra questão que também preocupa na Casa do Estudante é a dos banheiros, que serão coletivos. Cada andar abrigará quarenta pessoas que deverão dividir dois banheiros, um feminino e um masculino. Sendo que a organização e a limpeza dos mesmos serão de responsabilidade dos próprios alunos.
A estudante de Engenharia de Alimentos e uma das candidatas a morar na casa, Solange da Silva, comentou que este poderá ser um grande problema “ Penso que vai ser muito ruim a questão dos banheiros coletivos, vai ter muita bagunça porque nem todo mundo respeita as regras e pode ter muita confusão”, acrescentando que mesmo assim vale a pena concorrer a uma das vagas, pois para quem veio de outro Estado e precisa a Casa do Estudante será de muita ajuda por ser gratuita.


PROMESSAS

Além da moradia gratuita a Casa do Estudante de Palmas também tem a promessa de oferecer aos seus habitantes a inclusão digital, espaço para lazer e para estudos. Segundo a Sejuv os móveis para a montagem destes espaços já foram adquiridos e eles devem ser organizados antes da inauguração da Casa.