sexta-feira, 13 de julho de 2007

EDITORIAL

INDIFERENÇAS HUMANAS PARTE I
Viver neste mundo “capitalimaluco” anda sem sentido mesmo... Vejam só o que ocorreu durante o II Carnaval Fora de Época em Dianópolis. O fato chegou até a me inspirar para tratar do que eu chamaria de " total indiferença humana".

Alguns componentes da banda CHICABANA (pessoal que trabalha com a iluminação do Palco) foram barrados lá no "GRAN HOTEL MOSAICO". Primeiro, o proprietário falou que havia vaga sim para a banda, mas quando se falou que era para os dois "sujinhos", prontamente eles recusaram a estadia dos dois... Pois é! Daí então eu resolvi trabalhar mais os acontecimentos diários do que denominei de "indiferenças humanas".
Vejam um outro detalhe muito curioso na indiferença humana, tão comum em nossos dias. Perceba quando estamos em nossos momentos de lazer, em companhia dos amigos em um bar ou à beira da praia. Quando estamos com os amigos, eles são o nosso ponto de referência, o eixo em torno do qual gira toda nossa atenção e base sobre qual se estabelece nosso sentido de ser alguém importante e digno também de atenção.

Quando nesses encontros, um dos presentes fala bem ou mal de outro, conta ou ri por uma piada qualquer, ralha com o companheiro por esse ou aquele motivo, todos param para olhá-lo, ouvi-lo. De repente, quando todos estão na maior descontração possível, entra em cena um estranho no ninho, um intruso, quase um inimigo, que é um vendedor, seja de bombons, de amendoim torrado, de CD pirata, de um relógio recém-roubado...Não importa!

O que acontece? Absolutamente nada...Ninguém lhe dá a menor atenção. É desprezado, ignorado como se fosse um objeto ali parado, um poste, um cesto de lixo ou um cachorro querendo se aproveitar das migalhas que caíram da mesa. Quem nunca desprezou um vendedor ambulante exatamente dessa forma como aqui descrevo, atire a primeira pedra.


Mário Sérgio

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