terça-feira, 2 de outubro de 2007

Articulistas da Terra!











Senado, sinônimo de “Ética” ou de “Eca”?!

O que podemos realmente chamar de ética? Segundo o dicionário Aurélio, ÉTICA é o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto. Muitos associam ética à moral, mas apesar de parecerem sinônimos algumas diferenças as separam: Ética é principio, moral são aspectos de condutas específicas. Ética é permanente, moral é temporal. Ética é universal, moral é cultural. Ética é teoria, moral é prática. Essas afirmações nos levam a crer que a tempestade enfrentada pelo Senado Federal recentemente existe pelo menos falta de ética e de moral. Mais uma vez alguns senadores se juntam para tentar inocentar Renan Calheiros de suas práticas criminosas, ou pelo menos suspeitas. A escolha do relator da CPI do PMDB, partido aliado ao senador, é no mínimo um acordo para fazê-lo escapar das acusações que pesam contra ele. Indicar um relator do mesmo partido que o acusado é o mesmo que pedir para sua mãe o defender. Isso demonstra falta de “Ética” e “Moral” com o povo brasileiro, pois esperamos daqueles que colocamos para ser nossos representantes, mais empenho, moral, ética e acima de tudo, trabalhar para o povo brasileiro, pois são nossos empregados e podemos demiti-los no máximo em 04 anos.

O presidente do Conselho de “Ética”, que é senador eleito pelo Tocantins, mais uma vez “ajuda” Renan Calheiros. Até onde uma sigla partidária pode fazer com que um político se prenda ao seu partido? Será que mesmo sabendo de tantas coisas erradas ainda continuará defendendo Renan? A fidelidade partidária é necessária, mas uma coisa é ser fiel ao seu partido, outra coisa é aceitar e ser conivente com seus filiados que possuem cargos eleitos pelo povo e aceitar suas condutas criminosas. Mas para essas perguntas já temos a resposta. Mesmo assim nos indagamos quanto a seus motivos, no mínimo podemos pensar em acordos, já que Renan tem andado para todos os lados e fortalecendo sua base, como vimos no julgamento de seu primeiro processo e que foi inocentado pela maioria do Senado. Não podemos intitular como “ético” a atitude visível, não somente do Presidente do Conselho de Ética, mas da maioria dos senadores, que mais uma vez tentam salvar Renan.

Não temos a intenção de atacar o Senador, mas como tocantinense esperamos ser bem representado e que faça jus ao cargo concedido pelo povo, trabalhando para que tenhamos cada vez mais orgulho do nosso País. Mas dessa forma faz com que esse sentimento se torne cada vez mais uma decepção.

O caso Renan ainda terá muitas páginas e surpresas podem acontecer. Mesmo esperando notícias que nem mesmo nos surpreendem, mas quem sabe, da forma que está sendo conduzida a “coisa”, o Senador talvez até se reeleja novamente presidente do Senado Federal ou quem sabe do Brasil. Do jeito que a carruagem anda nada mais nos assusta.

Senadores pensem mais no povo e menos no troco!

Geraldo Júnior
Acadêmico do Curso Superior de Gestão Pública da Escola Técnica Federal de Palmas
willbilljr@hotmail.com