terça-feira, 11 de março de 2008

Editorial

As eleições estão aí... e daí?

A eleição é o evento máximo da democracia? Acredito que sim, afinal, é quando a maioria das pessoas participa de alguma forma da vida pública e exerce sua cidadania. Nas cidades do interior, elas seguem em ritmo acelerado e os comentários pelas ruas são inevitáveis. Na reta final, a escolha de um candidato, geralmente, é condicionada a pequenas ajudinhas como: Um saco de cimento, uma cadeira de rodas, um botijão de gás, a promessa de um emprego, o tratamento de saúde de algum ente querido e até mesmo o pagamento de uma conta de água ou de luz.

Em Dianópolis-TO mesmo, já vi muitos eleitores que deram, quer dizer, venderam seu voto por um litro de pinga. É verdade que a política mudou muito por lá, mas a cabeça de alguns eleitores não acompanhou esta mudança. Como em textos anteriores, já afirmei que fico preocupado com a política dianopolina, pois sempre a achei muito egoísta. Os grupos políticos se dividem e não permitem que algum eleitor mude de opinião ou fique indeciso durante o processo. A cobrança, a perseguição e os ataques a este tipo de eleitor são freqüentes.
Quanto mais evoluída a sociedade é, mais a figura de “um homem político” perde a importância. Hoje em dia a instabilidade social e política, faz com que os cidadãos acreditem em homens transvestidos de líderes messiânicos, com discursos maravilhosos, que propõem uma mudança de vida total. E isto gera uma disputa muito apaixonada, talvez mais infantil do que no esporte. Afinal, no meio político a paixão é praticamente bipolarizada (escolha de que lado você está!), maniqueísta, enquanto no esporte os torcedores podem escolher entre várias opções de cores para se defender.


O que o povo da cidade deve fazer é enxergar os políticos como meros administradores do bem público, servidores públicos temporários e não apenas como alguém que está prestes a praticar um golpe ou um ídolo a ser defendido. Um exemplo: Você por acaso sabe quem é o secretário da Limpeza Pública do seu município? Claro que não... Você apenas quer que alguém consiga administrar o bem público de forma competente o suficiente para fazer com que aqueles caminhões passem diariamente na sua rua.

Por causa de algo tão banal como isto, seria preciso movimentar mundos e fundos, publicitários, doações para campanha, discursos divinos, fãs apaixonados, e etc...?

Pense bem eleitor!


Mário Sérgio

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