Policiais civis do Estado estão programando uma paralisação de meio expediente para o dia 2. Um grupo de policiais civis procurou o site agora pela manhã e explicou que o objetivo é cobrar do governo do Tocantins que exija nível superior para o concurso que deve ser anunciado nos próximos dias. Entre os policiais que visitaram o site estava o presidente da Associação dos Agentes Penitenciários, Hélio Santana Araújo.
Os agentes afirmaram que o movimento do dia 2 será pacífico. A concentração dos policiais acontecerá em frente à Assembléia, a partir das 8 horas. O movimento deve contar com o apoio dos policiais do interior.Nos últimos dias, o grupo visitou as delegacias da Capital. Eles garantiram que contam com o apoio dos colegas. No entanto, o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado (Sipocito) não está envolvido nessa mobilização. O Sipocito vem sendo muito criticado pela cagegoria - tanto por esses agentes quanto pelos e-mails de policiais que chegam ao site -, pelo alinhamento político que vem tendo com o governo do Tocantins.
Segundo os policiais, em 18 Estados brasileiros já existe a exigência de nível superior para as categorias que ainda no Tocantins são de ensino médio - agente de polícia, agente penintenciário, papiloscopista, escrivão e auxiliar de autópsia.No entanto, conforme eles, 80% desses profissionais tocantinenses - de um total de cerca de 1,3 mil homens - estão concluindo ou já concluíram o ensino superior. "Queremos melhorar a Polícia Civil do Estado para melhor atender a população. E, para isso, precisamos melhorar a qualificação do quadro da Polícia", defendeu Araújo.Os policiais disseram ao site que esperavam que o anúncio da exigência de formação superior para ingresso na Polícia Civil do Estado fosse feito pelo governador Marcelo Miranda (PMDB) no dia 21, Dia do Policial Civil. "Mas isso não aconteceu", lamentou o presidente da Associação dos Agentes Penitenciários.
Eles reclamaram do discurso do governador, que disse que o Tocantins paga um dos melhores salários para os policiais civis e que a PC do Estado está entre as mais modernas do País. Segundo os policiais, a média salarial do profissional de nível médio está em R$ 1.465 e a média nacional da categoria é de R$ 2,2 mil.
Os agentes avaliam que a defesagem salarial deles hoje está em 84%.Para os policiais, o governo só considera o salário fixo da corporação, no entanto, os policiais da maioria dos demais Estados ainda contam com gratificações como dedicação integral e risco de vida, benefícios que os policiais tocantinenses não possuem.Sobre a "modernidade" da Polícia Civil citada pelo governador Marcelo Miranda, eles afirmaram que falta estrutura à corporação. Segundo os policiais, as delegacias estão com problemas em suas estruturas físicas, faltam viaturas, entre outros.Além disso, a formação do policial é falha. Segundo os agentes, no Tocantins, em 45 dias, uma turma está formada e nas ruas, empunhando armas. Na maioria dos Estados, esse curso leva pelo menos três meses.
Os policiais disseram ao site que o governo do Tocantins oferece cursos com a carga horária mínima exigida, de 360 horas/aula, enquanto nas principais unidades da Federação essa carga horária é de 750 horas/aula.
OPINIÃO
Bem, acho que a coisa é simples, como eles mesmos dizem, 80% dos agentes estão concluindo ou concluíram o ensino superior...Mas, a razão para tal fato, somente seria "amparada", se 100% dos atuais já tivessem....
Basta observar que do total de inscritos, caso fosse feito alguma pesquisa, poderia-se constatar que 80% também estão cursando ou já concluíram o nível superior.
Se estão descontentes com os salários, acho que a saída não é fazer greve para impedir a realização de um concurso. Que aliás além de ser raro, pode beneficiar e fortalecer a classe ainda mais.
Além do estudo, como ocorreu conosco lá em Dianópolis, observa-se que falta muito mais preparo psicológico do que um canudo conseguido em qualquer faculdade !
Basta observar que do total de inscritos, caso fosse feito alguma pesquisa, poderia-se constatar que 80% também estão cursando ou já concluíram o nível superior.
Se estão descontentes com os salários, acho que a saída não é fazer greve para impedir a realização de um concurso. Que aliás além de ser raro, pode beneficiar e fortalecer a classe ainda mais.
Além do estudo, como ocorreu conosco lá em Dianópolis, observa-se que falta muito mais preparo psicológico do que um canudo conseguido em qualquer faculdade !
Eu mesmo pretendo fazer o tal concurso, é lamentável essa atitude.
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