quinta-feira, 30 de agosto de 2007

O estado das coisas...


Objeto de cobiça


Objeto de cobiça de ex-vereador a ex-governador, a Prefeitura de Palmas tem sido o prato predileto no cardápio dos políticos que circulam pelos melhores bares e restaurantes da cidade. Não duvide nada se o deputado federal Moisés Avelino (PMDB), no frigir dos ovos, entrar na disputa. Seu partido já tem como pré-candidato o deputado estadual Eli Borges. Mas uma ala peemedebista acha que Borges tem apelo eleitoral apenas no segmento evangélico. Cabos eleitorais mais afoitos, tanto da situação quanto da oposição, so-nham com um confronto nas urnas entre o velho Siqueira e Avelino




Raul e Cachoeira


Segundo a revista Isto É de 22 de agosto, a campanha de Raul Filho para a Prefeitura de Palmas recebeu dinheiro de caixa dois, doado pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira. Nos livros contábeis do empresário, “tem até o pagamento de 150 mil reais para um showmício” do prefeito, de acordo com a revista. Carlinhos Cachoeira foi convocado para prestar esclarecimentos ao Ministério Público Federal. Na Câmara de Vereadores, a nota da revista pegou de surpresa tanto parlamentares da situação quanto da oposição. A vereadora Warner Pires (PR) disse ter ficado “escandalizada” com a notícia: “Espero que o TRE tome as devidas providências para que o prefeito explique à população o porquê desse repasse de dinheiro ilícito”.




Dor de cabeça

Como se não bastassem os ataques da oposição, o governador Marcelo Miranda terá que arregaçar as mangas para tentar aparar as arestas dentro do PPS de Palmas, um dos principais partidos aliados ao seu governo. Missão que deve ser confiada ao vice-governador Paulo Sidnei, que é da legenda. A recomendação do diretório nacional é de que o partido lance candidatura própria na capital. Na avaliação do Sargento Aragão, secretário extraordinário do Governo e pré-candidato da sigla a prefeito de Palmas, a ala que integra a administração do prefeito Raul Filho não tem voto. “Quem do PPS está na Prefeitura de Palmas jamais colocou o seu nome para ser candidato a ainda fica usando o partido simplesmente para se manter nos cargos municipais”, criticou Aragão. Ele se referia especificamente ao secretário Deocleciano Gomes, da Ação Social. “Isso nós não vamos aceitar”, avisa.



Carlos Gaguim hesita em sair do PMDB

O presidente da Assembléia Legislativa, Carlos Henrique Gaguim, resolveu puxar o freio de mão: ainda não saiu do PMDB, como havia anunciado. O deputado deve ter ouvido as ponderações do governador Marcelo Miranda. Em recente reunião com assessores, Gaguim ratificou apoio ao deputado Eli Borges (PMDB), pré-candidato a prefeito Palmas: “É questão de compromisso com um companheiro de primeira hora. Estamos empenhados de corpo e alma nessa proposta de Eli Borges, que consideramos relevante para o desenvolvimento da Capital”.




Tucano indaga sobre recursos
O deputado federal Eduardo Gomes (PSDB) quer saber onde foram parar os 498 milhões de reais repassados ao governo estadual, no início do ano passado, referentes à renegociação da dívida da União com o Estado. Segundo ele, esse dinheiro “foi sumindo aos poucos”. O parlamentar tucano lembra que, à época das eleições, foram autorizadas emendas parlamentares — no valor de 2 milhões de reais por deputado — para investimentos nos municípios. “Mas parte desses recursos acabou sendo gasta com propaganda, causando decepção nos municípios tocantinenses”, critica Eduardo Gomes.




A parlamentar petista acha que a mesma sintonia que o governador Marcelo

Miranda tem com o presidente Lula deve ser feita também em nível regional, de forma efetiva. O PT está avaliando internamente até que ponto é interessante para o partido ser um aliado do governador, mas não participar do governo. Solange Duailibi é taxativa: “Até agora o PT não tem sido respeitado pelo governo estadual”. Esta afirmação de Solange, mulher do prefeito Raul Filho, é uma sinalização de que o partido pode se distanciar do PMDB, caso não se restabeleça o diálogo.


Siqueira Campos continua fazendo reuniões com pretensos candidatos a vereador, lideranças políticas e comunitárias. Em Palmas, a vereadora Warner Pires, do PR, esposa do ex-governador Raimundo Boi, diz que a UT está aguardando a definição sobre a fidelidade partidária para, depois, partir para a discussão de nomes. Ela adianta, no entanto, que existem vários nomes da oposição para a disputa da prefeitura da capital, mas descarta a especulação em torno do Tenente Célio, que hoje está no PSDB, porque na legenda existem nomes mais fortes como o do próprio Siqueira Campos, do ex-senador Eduardo Siqueira Campos, do deputado federal Eduardo Gomes, do deputado estadual Marcelo Lelis, além de Raimundo Boi.



PT e Siqueira juntos?

A União do Tocantins pode caminhar junto com o PT em algumas cidades, começando por Araguaína, com o apoio da prefeita Valderez Castelo Branco ao petista Célio Moura.

Os fortes ventos do mês de agosto começam a desatar os nós das amarrações políticas para as eleições de 2008. O que parecia estar em banho-maria passa a borbulhar nos bastidores. Acertos prévios, conversações e entendimentos começam a ganhar contornos que podem ser estabelecidos até o final do ano e mantidos até as convenções para a disputa de prefeituras nas principais cidades do Estado. Com a sua matreirice de costume, o velho Siqueira Campos, comandante-mor da União do Tocantins, prepara uma jogada de mestre para surpreender os marcelistas. Comenta-se à boca-miúda que Siqueira pretende aliar-se com o PT em algumas cidades, na tentativa de derrotar a base aliada do governo. O primeiro golpe seria o apoio da prefeita de Araguaína, Valderez Castelo Branco (PR), ao pré-candidato petista Célio Moura. Nas eleições do ano passado, Marcelo obteve 32.774 votos contra 29.225 de Siqueira, em Araguaína.



“A administração do PT foi a primeira, na história de Palmas, que buscou atender as demandas da maioria da população”

Há críticas fundamentadas, verdadeiras, construtivas e até negativas, por falta de alguma ação do Executivo. Mas também há críticas sem nenhum fundamento, somente para tentar lograr êxito eleitoral. Muitas vezes, os parlamentares de oposição transformam a tribuna em palanque eleitoral. São críticas desqualificadas que não constroem nada; nem para a oposição nem para a situação. Mas a Câmara de Vereadores tem respaldado o prefeito. Todos os projetos enviados pelo prefeito ao Legislativo foram aprovados. Houve emendas e algumas alterações, mas o fundamental foi mantido. Acredito que, se existem divergências, é próprio do processo político democrático. A Câmara tem atendido as demandas do Executivo. As críticas estão sendo respondidas com obras e projetos. A população entende isso.

"A União do Tocantins, realmente, tem apoio popular. E não é pequeno. Siqueira Campos perdeu a eleição no Estado por apenas 30 mil votos. Em Palmas, ele teve uma votação bastante significativa. Esse fato, logicamente, tem que ser levado em conta. Se, de repente, o PT e o PMDB forem para a disputa em campos opostos, isso pode facilitar a vitória do grupo da UT. O nosso papel é mostrar para a população que a administração do PT foi a primeira, na história de Palmas, que buscou realmente atender às reivindicações da maioria da população, principalmente executando obras nos bairros da periferia, o que antigamente não ocorria."

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