sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Editorial

Tenho esta coluna como um diário pessoal, onde exponho minhas opiniões sobre diversos assuntos. Portanto, lendo a reportagem que fala do crime improbidade por parte do dianopolino Vitor, sobrinho de Hercy Filho, não pude me conter em retalhar algumas palavras quanto ao que penso sobre o ocorrido. Sou totalmente contra o emprego de parentes em órgão público por parte dos gestores superiores de uma instituição, desde que ele o obtenha por méritos (concurso). Não tenho nada haver com o ocorrido e nem estou aqui defendendo ninguém. Apenas quero acrescentar o meu ponto de vista quanto ao episódio.


Primeiramente, eu penso que o povo deve ter um senso crítico apurado para identificar sempre os dois lados de qualquer episódio, seja ele bom ou ruim, para não fazerem julgamentos precipitados. Eu mesmo gosto de adotar este critério em meus editoriais. Até porque, durante nossas vidas, todos estamos sujeitos errar ou sermos induzidos ao erro.

Portanto, além do “crime” que foi noticiado, é necessário que se enfatize uma coisa. O que se sabe é que existe uma verdadeira “guerra fria” nos bastidores de órgãos como aquele. Com a chegada de Balduíno e Hercy, acredito que os 'chefões' anteriores, juntamente com seus correligionários, possam ter perdido alguma “mamata”. Hercy e Balduino, conforme dados, apesar de estarem até administrando bem e terem melhorado em vários aspectos o Detran, erraram justamente em ter feito o que os seus antecessores costumavam fazer, empregar parentes e aderentes. Agora, como isso é quase impossível de ocorrer na esfera pública, entendo que ameniza-se tal procedimento, quando se sabe que o parente a ser contratado tem perfil diferenciado, possuindo preparo e condições de desempenhar um bom papel como servidor.

Colocar pessoas para trabalhar sem fazer esta análise, indiscriminadamente, pode gerar este tipo de situação. Portanto, o que não se falou, é que o 'flagrante' foi totalmente preparado, ou seja, resolveram pegar logo um servidor mais jovem e inexperiente, daqueles que se deslumbram (como qualquer jovem de sua idade) com o tal 'dinheiro', com a única intenção de prejudicar os atuais gestores. É claro que isso não justificaria a atitude do rapaz em hipótese alguma, mas além da punição que seria justa, isso tudo poderia gerar também uma outra “investigação”, para saber quem anda trabalhando para que as coisas dêem errado no Detran.

Em síntese, são pessoas que não medem esforços para derrubar alguém para voltar ao poder. Nos órgãos públicos em geral é o que mais encontramos. Pessoas que saem de casa para o trabalho “matutando” em como tomar o lugar de seus superiores hierárquicos.

O fato mais importante é que isso tudo deve servir de lição para alguns servidores e demais gestores públicos.

Mário Sérgio

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