segunda-feira, 7 de maio de 2007

EDITORIAL





MÊS DE MAIO

Maio um mês muito especial, pois lembramos do dia do trabalho (1. de maio) e comemoramos o dia das mães (13 de maio).

Sabemos que não temos o que comemorar no dia do trabalho, diante de tantos e tantos desempregados, num país onde o trabalhador não é respeitado, ganhando cada dia menos para aumentar os lucros e os abusos dos patrões. Mas isso faz parte das necessidades atuais, assim eles dizem, bem como, a chamada globalização que vem com um rearranjo inevitável, uma reengenharia ou uma filosofia de qualidade total, para atender a quem e a quê?

Assim sendo, temos alguma razão de empunharmos nas mãos bandeirinhas, soltarmos foguete em defesa ou homenageando aquilo que hoje quase não temos?

Tudo isso, faz-me lembrar de ver na TV uma vez, um cara que era piloto de avião de uma grande empresa, com 10 anos de carreira que preferiu mudar-se para os E.U.A. para ser taxista e receber quase o dobro do que recebia como piloto aqui no Brasil. É então que gostaria de gritar para os surdos de almas, que não sou contra o progresso, sou sim contra o predadorismo desenfreado, a desvalorização da nossa mão-de-obra e o pouco caso pela dignidade do trabalhador brasileiro.

Deixemos o que é triste um momento, para pensar no que é mais digno e belo de nossas vidas, as nossas mães, estas guerreiras e também vítimas desse emaranhado que se tornou nossas vidas, onde o seu papel de mãe está sendo transferido para outras mães, as mães de contrato que encontramos nas creches, escolinhas e até dentro de nossas casas (empregadas domésticas), e tal abdicação se deu para a própria sobrevivência dos seus lares, pois num país onde cada dia se ganha menos, se vêem com necessidade de trabalhar para complementação de renda, pois precisam sobreviver.

Mas apesar dos pesares, estas guerreiras, sustentáculos da família, só não foram extintas por serem maiores do que tudo que se pode pensar, pois possuem a maior força do universo, o amor e nós também as amamos.

Comemoramos também em breve o dia dos namorados (12 de junho), e a saudade bate na porta dos mais velhos... Tempos outros, onde havia uma pitada de magia e inocência nos olhares e gestos do enamorados.


Mário Sérgio
Proprietário do Blog

Nenhum comentário: