sexta-feira, 11 de maio de 2007

Quem era o nosso santo Frei Galvão ?


O pai, Antônio Galvão de França, era um imigrante português e capitão-mor da cidade. Sua mãe, Isabel Leite de Barros, era filha de fazendeiros, bisneta do famoso bandeirante Fernão Dias Pais, o "caçador de esmeraldas". Antônio viveu com seus irmãos numa casa grande e rica, pois seus pais gozavam de prestígio social e influência política. O pai, querendo dar uma formação humana e cultural segundo suas possibilidades econômicas, mandou o filho com a idade de treze anos para o Colégio de Belém, dos padres jesuítas, na Bahia, onde já se encontrava seu irmão José. Lá fez grandes progressos nos estudos e na prática cristã, de 1752 a 1756. Queria tornar-se jesuíta, mas por causa da perseguição movida contra a Ordem pelo Marquês de Pombal, seu pai o aconselhou a entrar para os franciscanos, que tinham um convento em Taubaté, não muito longe de Guaratinguetá. Assim, renunciou a um futuro promissor e influente na sociedade de então, e aos 21 anos, entrou para o noviciado na Vila de Macacu, no Rio de Janeiro. Distinguia-se pela piedade e virtudes. A 16 de abril de 1761 fez seus votos solenes. Um ano após foi admitido à ordenação sacerdotal, pois julgaram seus estudos suficientes. Este privilégio mostra a confiança que nutriam pelo jovem clérigo. Foi então mandado para o Convento de São Francisco em São Paulo a fim de aperfeiçoar os seus estudos de filosofia e teologia, e exercitar-se no apostolado. Data dessa época a sua "entrega a Maria", como seu "filho e escravo perpétuo", consagração mariana assinada com seu próprio sangue a 9 de novembro de 1766. Terminados os estudos foi nomeado Pregador, Confessor dos Leigos e Porteiro do Convento, cargo este considerado de muita importância, pela comunicação com as pessoas e o grande apostolado resultante. Foi confessor estimado e procurado e, muitas vezes, quando era chamado ia sempre a pé mesmo nos lugares mais distantes. Em 1769-70 foi designado confessor de um Recolhimento de piedosas mulheres, as "Recolhidas de Santa Teresa", em São Paulo.


Oração de Frei Galvão

""Pai Santo, fiel remunerador daqueles que, nesta vida de exílio, buscam e trabalham para que em vida se cumpra a vossa vontade santíssima, pedimos humildemente a glorificação do Beato Frei Antônio de Sant'Ana Galvão, concedendo-lhe socorrer a todos os que em suas necessidades, cheios de confiança, solicitarem a intercessão do "homem da paz e da caridade" e filho devoto da Imaculada Conceição. Isto vos pédimos para a vossa maior honra e glória, por Cristo Nosso Senhor. Amém. ""


Milagres

A mulher grávida

Em uma fazenda, distante léguas de São Paulo, uma mulher, gravemente enferma em melindroso parto, clamava por Frei Galvão. Seu marido acorreu ao Mosteiro da Luz, à procura do Frade, que se achava, no entanto, de viagem ao Rio de Janeiro. Retornando à fazenda, ele se surpreendeu ao encontrar a esposa livre de todo perigo, estando muito grata à Frei Galvão que, durante a noite, a tinha ouvido em confissão, abençoando a seguir a água de um copo, que ela bebeu, o que foi o bastante para que se normalizasse seu estado. O homem partiu então para o Rio de Janeiro para agradecer ao Frade. Lá, foi informado pelo Guardião do Convento que “Frei Galvão não arredou pé daqui”. Interrogado a respeito, Frei Galvão respondeu: “Como se deu, não sei; mas a verdade é que naquela noite lá estive”.

O frango do diabo

Residia em Itu um escravo liberto que, ficando doente, fez promessa de levar a Frei Galvão “uma vara de frangos” caso sarasse, o que de fato aconteceu. Por essa razão, amarrando as aves em uma vara, pôs-se a caminho. Aconteceu que ao meio da jornada três frangos lhe escaparam. Recolhei facilmente dois. O terceiro, um “carijó”, fugiu velozmente, irritando o velho, que gritou impaciente: volta aqui, frango do diabo! Nesse momento, entrando em uma moita de espinhos, o frango se deixou apanhar. Após a caminhada, o liberto foi alegremente entregar seu presente ao Frade, que aceitou todas as aves, menos a “carijó”: - Porquê este frango, já o deste ao diabo! – disse-lhe ele.

Milagre da Canonização - Sandra (1999)

Aconteceu em 1999, em São Paulo, com a paulistana Sandra Grossi de Almeida. Após três abortos espontâneos no passado devido a um problema de má formação do útero, em 1999 Sandra ficou grávida. Os médicos não acreditavam que a gestação pudesse chegar ao fim.Seu útero era bicorne, com duas cavidades muito pequenas e assimétricas, como se fosse uma parede. Tal formação não pode ser corrigida por cirurgia, tornando impossível levar qualquer gestação até o fim.As previsões de complicação do parto eram péssimas, mas mesmo assim, contrariando o prognóstico médico de que a gestação não chegaria ao 5º mês, Sandra rezava e tomava as pílulas de Frei Galvão durante toda a gestação. Na 32º semana, em 11 de dezembro, o parto cesariano foi realizado após a ruptura da bolsa, sem complicações. Nasceu Enzo de Almeida Galafassi, com problemas respiratórios de risco. Entretanto, no dia 12 de dezembro, a criança não apresentava qualquer sinal de doença e foi liberada do hospital no dia 19 do mesmo mês.

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