Angélica Mendonça
Especial para o Correio
Um canhão que dispara caroços e espinhos de pequi, uma pochete de onde se pode tirar qualquer coisa e um porrete com poderes descomunais. Calma, esses não são os últimos lançamentos do mercado em acessórios ou artigos de defesa pessoal. Tratam-se das armas e apetrechos dos mais novos super-heróis brasileiros, que compõem a Liga do Cerrado, a primeira revista em quadrinhos do Tocantins.
A revista trará as aventuras de sete personagens (Homem Suvaco, Maria Paulada, Homem Pochete, Senhor Gambiarra, Homem Pichilinga, Caryocal e Jeitosa). Todos eles, segundo os seus autores, inspirados em costumes e características da população do Estado. “O que a gente quer com a Liga é misturar o cotidiano do Tocantins com o universo dos super- heróis”, explica um dos cartunistas da Liga, Gabriel Gomes. “As histórias serão regionais, mas visualmente as personagens terão um padrão de heróis mesmo, com roupas coladas e afins”, acrescenta o cartunista Ronimar Messias.
Evento: Pré-lançamento da HQ Liga do Cerrado; Quando: Dia 11 de maio (sexta-feira); Horário: A partir das 17h30; Onde: Auditório da Unitins, localizada na antiga Arne 13; Ingresso: Entrada franca.
Os heróis
As personagens que compõem a Liga do Cerrado são, no mínimo, diversificadas, tanto no que se refere às origens, quanto aos poderes de cada um dos heróis. Mas uma coisa eles têm em comum: todos lutam pelo bem da humanidade. Seus criadores explicam que entre eles não há um líder, sendo que cada um se destaca em algo. No entanto, o poder de um dos super-heróis é ressaltado pelos autores: o do Homem Suvaco, que com o desagradável odor de suas axilas, teria destruído a era dos dinossauros na Terra.
Representando a ala pensante da Liga está o Senhor Gambiarra, na verdade, Eugênio Celestino, que, por meio de sua imensa curiosidade, consegue resolver qualquer tipo de problema eletrônico, mecânico e seus derivados. Outro integrante é o Homem Pochete, que traz no nome sua principal arma contra a maldade: uma pochete, de onde se pode conseguir o que for preciso para lutar contra o crime.
Representando as mulheres, temos a literalmente brava Maria da Anunciação Turíbio, a Maria Paulada, que, após sofrer inúmeras injustiças e dificuldades, tendo que sobreviver quebrando coco de babaçu, recebeu, por meio de forças sobrenaturais, um porrete com poderes incríveis. Outra mulher é a heroína Jeitosa, que, após passar anos dedicada à futilidade, agora luta em prol da libertação dos escravos da vaidade. Ainda na ala masculina temos Paulo César, o Caryocal, que, durante um belo dia em que colhia pequi no cerrado, foi abduzido por extraterrestres e, ao retornar à Terra, encontrava-se munido de um canhão que arremessava caroços e espinhos de pequi. Para finalizar, temos o Homem Pichilinga, ou Codonho Sousa, que, lutando contra seus complexos, sempre buscava maneiras de ser aceito pela sociedade.
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